sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

É do Sul


É do Sul, Fam. 3-o, castanho, RS, 2002, por Irish Fighter em Important Daisy por Ghadeer, de criação do Haras Simpatia e propriedade do Haras Clemente Moletta. Se apresentou um muito bom corredor, 6-3-1-0,  precoce e muito veloz. Infelizmente sofreu contratempos que o afastaram das pistas sendo recolhido a reprodução, seu principal resultado foi sua vitória no GP Linneo de Paula Machado, G3, 2000 metros.

Seu pai Irish Fighter em 15 saídas obteve 4 vitórias e 5 colocações, 4 – 3 – 2, suas melhores apresentações foram um terceiro no Arkansas Derby, G1, 1800 m; terceiro no Louisiana Derby Stakes, G3, 1700 m e quarto no Quaha Gold Cup Stakes, G3, 1600 metros, todas provas no dirt. Foi um reprodutor útil tendo produzido Ojeada Fighter (GP OSAF, G1; GP Pres. Luiz Nazareno T. de Assumpção, G2; GP Pres. Luiz Oliveira de Barros, G2), Runner Fighter (GP 29 de Julho, G3), Perla Fighter (Copa Velocidade – ANPC, G3) e mais os colocados em grupo Dollar Fighter, Dom Fighter, Naco D’Oro, Sheik Fighter, Solar Monterrey, Mirich Word, Nello Fighter, Nobre Fighter, Nicola Fighter, Sonorkel, Charge Ahead, Nirish of Bagé e outros.

Irish Fighter



É do Sul trata-se de um neto materno de Ghadeer, destacado pai e avô-materno entre nós, encontrando-se no grupo dos melhores reprodutores que já serviram na criação brasileira, não cabendo necessidade de maiores detalhes sobre ele.

Ghadeer



Sua mãe Important Daisy não foi apresentada as pistas, como reprodutora se mostrou muito bom ventre tendo gerado 11 filhos, todos correram, 10 venceram, 4 são vencedores Black Type e 1 colocado nesse tipo de prova. Além de É do Sul dentre seus filhos destacam-se New Export (GP Estado do Rio de Janeiro, G1; GP Francisco Eduardo de Paula Machado, G1 e  3. GP Frederico Lundgren, G3; nos EUA 2. Dallas Turf Cup, G3 e 3. Ingelwood H, G3), garanhão atualmente servindo na Índia; Makenji (2. GP Marciano de Aguiar Moreira, G2; 2. GP Antonio Carlos Amorim, G3, 2 vezes; 3. GP Roger Guedon, G3), Cornélio ( 4. GP Cordeiro da Graça, G2; 4. GP Major Suckow, G1; 4. GP ABCPCC – Mario Belmonte Moglia, G3) e Futuro da Noite (GP Jockey Club Brasileiro, L, Tarumã).

Da linha ventral de sua quarta mãe, Hooplah (Hollywood Oaks, G1) fazem parte Phone Chatter (Breeder’s Cup Juvenile Fillies, G1; Oak Leaf S, G1; Sorrento S, G3), Afifa (Vanity H, G1), Alias Smith ( Donald P. Hoss H, G2 e 2. Niagara H, G3), Dark Accentus (2. Sea O’Erins H, G3, 3. Sea O’Erins H, G3 e Swoon’s Son H, G3), In Lingerie (Sprinter S, G1; Black-Eyed S, G2 e Bourbonette Oaks, G3), Second of June (Holly Bull S, G3), Any Given Saturday (Haskell Invitation H, G1), Bohemian Lady (Cicada S, G3), New Money Honey (Breeder’s Cup Juvenile Fillies, G1; Belmont Oaks Invitational S, G1; Wonder Again S, G3; Miss Grillo S, G3),  etc… e no Brasil Van Daisy (3. GP Pres. João Carlos Alves Penteado, G3). Hooplah fundou um ramo bastante confirmador nos EUA que se mantêm constante até os dias de hoje com vitórias e colocações em provas de grupo do calendário norte-americano, esse veio da família 3-o, introduzida no Brasil através de Daisy Buck, merece especial atenção do criador brasileiro por sua fertilidade na produção de elementos clássicos.

Não foi possível obter nenhuma filmagem da campanha de É do Sul, mas colocaremos abaixo o relato do nosso saudoso amigo Zig, publicado no Raia Leve, quando de sua principal vitória no GP Presidente do Jockey Club:

"É do Sul (Irish Fighter e Important Daisy por Ghadeer), 3 anos, venceu de modo espetacular o GP Prêmio Presidente do Jockey Club (Grupo III), exibindo um padrão de carreira de exceção, típico de produto com condições de fazer campanha no exterior.
Eleito favorito, Nelore Porã, que vinha de ganhar em recorde a milha do GP Paraná, fez a diagonal e assumiu o comando da prova, impondo ritmo forte. Southampton saiu em seu encalço, enquanto o ganhador acompanhava, na cerca, em terceiro. Filósofo corria quarto e Governador, último.
Na entrada da reta, Southampton abandonou a luta, cedendo espaço para o avanço de É do Sul. Com muita facilidade, o conduzido por João Moreira dominou Nelore Porã e disparou para o espelho, vencendo por 7 1/2 corpos, na marca incomum de 1min34s330 (a poucos menos de 1s do recorde-1min33s372, de Light It Up, em 23.06.2001).
De criação do Haras Simpatia e propriedade do Haras Clemente Moletta, É do Sul, treinado em Curitiba por Jairo Borges, alcançou a terceira vitória em apenas quatro apresentações.
Estreou no Tarumã, em 13 de maio de 2005, credenciado por ótimos exercícios e, numa eliminatória, em 1200 metros, ganhou por 8 corpos, assinalando 1min13s9/10. Sua única derrota se deu, ainda em Curitiba, no Clássico ABCPCC, L, em 10 de Junho, superado por Savannah Minister por 6 corpos, produzindo abaixo do esperado.
Reapareceu em Cidade Jardim, aí sim, chamando definitivamente a atenção dos observadores. No dia 13 de novembro, dividiu a raia, entre perdedores de 3 anos, por expressivos 18 1/4 corpos, correndo 1300 metros em 1min16s340.
Hoje ao pulverizar cavalos de excelente categoria, colocou seu nome na relação dos melhores animais em campanha no Brasil".


                                                                             Campanha 

2 anos

1. Prêmio, 1200 m, ALN, Tarumã,
2. Clássico Associação Brasileira de Criadores e Proprietários de Cavalo de Corrida, L, 1500 metros, ALN, Tarumã,

3 anos

1. Prêmio Batayporã, 1300 m, ALN, Cidade Jardim,
1. Grande Prêmio Presidente do Jockey Club, G3, 1600 m, AMR, Cidade Jardim,
7. Grande Prêmio Linneo de Paula Machado, G3, 2000 m, GB, Cidade Jardim,
15. Grande Prêmio Presidente Antonio T. Assumpção Netto, G3, 1600 m, GB, Cidade Jardim,

Ao iniciar esse estudo sobre É do Sul, cavalo que me chamou a atenção por seu impressionante índice reprodutivo, encontrei dois excelentes artigos, os quais transcrevo abaixo:

Considerações sobre É do Sul por Marcelo Augusto da Silva, competente estudioso do PSI:

"Um outro cavalo brasileiro que com uma pequena amostragem no haras me deixou encantado é um autêntico Bold Ruler, e ele se chama É DO SUL, mas vocês devem estar pensando que eu estou trocando as bolas, porque esse cavalo que é um Nasrullah, via Riverman/Never Bend e não Bold Ruler! Conforme vocês notarão no seu pedigree É do Sul, tem duplicações tanto no chefe de raça Nasrullah, como também num outro descendente dessa tribo chamado Dewan, filho de Bold Ruler e para mim ficou cristalino que essa duplicação teve uma preponderância no comportamento do É do Sul nas pistas que demonstrou nítida preferência pela pista de areia, transmitindo essa aptidão aos seus filhos. Outro fator que me deu a convicção de que Dewan teve papel importante na configuração genética de É do Sul se deu pelo fato de que seu principal mensageiro, Glitterman, pertence a mesma família materna de É do Sul. subfamília 3-o, pelo mesmo veio materno, Beadah é respectivamente quarta e quinta mãe de Glitterman e É do Sul, ou seja, a repetição da mesma fórmula. Dewan não foi dos melhores Bold Ruler, entretanto demonstrou ser em pista um cavalo resistente e saudável tendo competido por 40 vezes e vencido 14, Glitterman por sua vez competiu por 25 vezes para vencer 9. Dewan é o avô materno de Christine's Outlaw.
É do Sul seria um cavalo interessante para quem tem pretensões de exportação para o mercado uruguaio e quem sabe norte-americano, mas infelizmente é outro predestinado ao esquecimento, e lembrar o que a tribo Nasrullah já foi capaz de gerar, a não manutenção dessa tribo é de fazer chorar".


Glitterman



Glitterman se apresentou como um garanhão extremamente consistente e útil para o mercado norte-americano tendo produzido imensa quantidade de filhos saudáveis e ganhadores, inclusive, muitos em provas de grupo. Abaixo link com exemplos de sua progênie.



Artigo escrito por Adolpho Smith de Vasconcellos Crippa, também grande conhecedor do PSI:

"Quando um criador/proprietário de pequeno ou médio porte começa a se destacar a ponto de todos passarem a notar, isso em qualquer mercado do turfe, é porque três coisas se alinharam para ele: Reprodutor, matrizes e esquema de treinamento.
Não acredito que, a não ser algum criador/proprietário com muito volume, consiga chamar a atenção do mercado sem ter esse tripé bem alinhado.
Desta forma, quando me pedem para escrever sobre o É DO SUL, não poderia deixar de citar que o esquema de treinamento do Haras Clemente Moletta funciona, e muito bem. O treinador de seus cavalos M. Decki, já demonstrou num passado próximo com animais do Stud Mandrake que sabe o que faz. 
Quanto as éguas, uma base formada por éguas vindas do Haras Santa Maria de Araras funciona e cerca de metade das éguas mães dos potros do É do Sul de lá vieram. Funciona hoje para ele, como já está começando a funcionar para outro haras de São Paulo, o Free Way, com os filhos de Skypilot. Ambos correm tudo o que criam e com um único treinador.
Ou seja, a fórmula reprodutor nacional, treinador único e bom plantel de éguas pode colocar um haras médio no mapa. Ajuda e muito um treinador ter a chance de treinar irmãos dos cavalos que já treinou e poder não repetir erros e copiar acertos. E quanto ao reprodutor nacional, que sempre teve resultados acima da média no Brasil, agora virou quase uma obrigação dada a baixíssima qualidade do que temos importado para servir aqui. Qualidade essa que decai ainda mais a cada ano, salvo raríssimas exceções. Mas, não podemos nos enganar, a parte mais difícil desta equação é encontrar o reprodutor. Isso não é tarefa fácil, leva tempo e muito dinheiro para poder testar 2 ou 3 gerações e saber se você tem ou não o cavalo certo.
Neste sentido, o É do Sul é assim uma exceção. E, para mim, uma muito feliz surpresa. Confesso que não esperava isso tudo dele, ao contrário do outro reprodutor de destaque no cenário nacional hoje: Setembro Chove, de quem sempre esperei muito.
É fato, entretanto, que o É do Sul é um ponto bem fora da curva e com mais oportunidades pode se tornar algo marcante no cenário turfístico atual.
Imagine um cavalo com gerações de 1 ou 2 animais, que tem hoje 14 filhos corridos. Depois, note que 10 destes 14 ganharam, o que já é bom. Ainda mais se notar que 3 destes são da geração estreante.
E aí vem o mais importante: dos 10 ganhadores, 3 são ganhadores clássicos e 2 de grupo. Ou seja, 14% dos filhos são ganhadores de Grupo!
Ainda, 7 filhos ganharam 40% ou mais das corridas que correram. Ou seja, se você tem um É do Sul e ele chegar a estrear, você pode esperar que tenha 50% de chance de ganhar no mínimo 40% das corridas que ele disputar. Não seria isso estrondoso?
Ainda, salvo engano, são 29 vitórias para os filhos de É do Sul até aqui (reforçando que as gerações maiores são novas ainda). Mais um dado interessante, ele tem 2 vitórias para cada filho seu que estreou.
Resumindo, os números do cavalo são realmente muito acima da média, só fica a menção ao fato de que não acho que ele ou qualquer cavalo se faça sozinho. Fazendo uma analogia, creio que o É do Sul pode ser para cá um Kitten's Joy, um cavalo que pode colocar no mapa um criador que pouca gente notaria. Quando um dia termos um reprodutor fora de série que extrapole nossas fronteiras, como um Galileo tupiniquim, aí acho que é necessário uma Coolmore para se fazer um Galileo e no Brasil, por analogia também, só teríamos uma opção que vocês sabem bem quem seria".


Bold Ruler

Nasrullah



Dentre os poucos filhos em corrida de É do Sul destacam-se os clássicos: Dá-lhe Requebra (Clássico Primavera, L; Clássico Erasmo T. de Assumpção, L; 3. GP Independência, G3; 4. GP Presidente Julio Mesquita, G3; 4. GP ABCPCC, G1), Dá-lhe Salvador (GP Quari Bravo, G3; GP Presidente Vicente Renato Paolillo, G2; Clássico Presidente Herculano de Freitas, L; Clássico Presidente Augusto de Souza Queiroz, L; GP Presidente da República, L, Cristal; Clasico Otoño, L, Maroñas - Uy) e Dá-lhe Senadora (GP Emerald Hill, G3; Premio IV Copa São Paulo de Velocidade; Clássico Presidente João Carlos Leite Penteado, L; 4. GP Presidente Guilherme Ellis, G3).

Indiscutivelmente É DO SUL é um ponto fora da curva como demonstra seu resultado como garanhão, 6,97% vencedores Black Type, 3 em 17 indivíduos corridos, com quase certeza seria um destacado reprodutor no Uruguai, confirmando inbreeding em Dewan, conjuntamente com as características de desenho da pista de Maroñas e o calendário clássico do turfe uruguaio que é cumprido em uma pista de areia que muito lembra o dirt de alguns hipódromos norte-americanos, principalmente Belmont Park e Aqueduct Racetrack, onde os Nasrullah e Bold Ruler sempre fizeram a festa. Deve-se também destacar que É DO SUL já demonstrou que sua produção também se adapta a raia de grama, como assim o fizeram Dá-lhe Senadora e Dá-lhe Requebra, ambas com vitória de grupo nesse tipo de pista e mais Dá-lhe Salvador com uma segunda colocação no Herculano de Freitas. O que nos dá convicção em afirmar que, o criador brasileiro ao não prestigiar É do Sul estará perdendo a oportunidade em utilizar o serviço de um garanhão comprovadamente confirmador.



segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Skypilot




Skypilot, Fam. 16-h, castanho, RS, 2005, por Put It Back em Ilang-Ilang por Tokatee de criação do Haras Santa Maria de Araras, reservado por seu criador correu defendendo sua farda. Corredor extremamente veloz e voluntarioso manteve-se invicto aos dois anos, líder em Cidade Jardim defendeu sua liderança e invencibilidade ao enfrentar no GP Juliano Martins o de primeira grandeza Fluke, então líder na Gávea e também invicto, transformando-se em seu algoz. Com essa vitória, levada de bandeira a bandeira, como era seu estilo em corrida, assumiu de forma inconteste a liderança 2 anos da geração 2005 e levantando o título de "Campeão - 2 anos". Existiu controvérsia quanto ao resultado dessa prova na qual houve reclamação, mas a Comissão de Corridas do J.C.S.P confirmou a vitória de Skypilot, no meu entendimento de forma acertada, pois não é possível, em minha opinião, observar ação de Skypilot que provoque de forma determinante qualquer tipo de impedimento para Fluke, o segundo colocado a 1 ¼ corpo, vencer a prova.

Put It Back.



Seu pai Put In Back em 7 apresentações obteve 5 vitórias, um segundo e um terceiro lugares, nunca estando fora do marcador, correu duas vezes aos dois anos tendo obtido nessas provas suas duas colocações; invicto aos 3 anos estreou vencendo em 1200 m por 7 ¼ corpos; no Best Turn Stakes, L, 1200 m, impôs 5 ½ sobre Windsor Castle (Remsen Stakes, G2); animal que sempre correu na primeira posição teve a sua mais importante vitória no Riva Ridge Stakes, G2, 1400 m, dirt, com parciais de :21,4;  :44,2; 1:08,2 e 1:21,30 para um recorde de 1:19,96. Sua dureza e velocidade aliadas ao fato de responder como uma das últimas oportunidades para manutenção da linhagem masculina de Man O’War certamente influenciaram para o seu aproveitamento na reprodução. Retirado na Bridlewood Farm, Ocala, Florida, se apresentou como um bom reprodutor, produzindo: In Summation, G1; Jessica Is Back, G1; Smokey Stover, G2; Yara, G2, Brave Dave, G3, Hey Bryn, G3 e Black Bar Spin, G3 (JAP).

No Brasil seus índices são 7,51% de filhos vencedores em provas Black Type e 12,12 % ganhadores e colocados nessas mesmas provas, números que o colocam como um garanhão de primeiro time, seu principal filho é o tríplice-coroado Bal a Bali, hoje garanhão na Calumet Farm; podemos destacar além de Skypilot dentre seus filhos a Felicidad Is Back (ARG), GP Selección de Potrancas, G1; Brilhantissima, GP Diana, G1; GP Margarida Polack Lara, G1 e GP Henrique Possolo, G1; Beach Ball, GP OSAF, G1; Nítido, GP Juliano Martins, G1; Rubia del Rio, GP Henrique Possolo, G1; Sol de Angra, GP Major Suckow, G1; Blind Ambition, GP Major Suckow, G1; Requebra, GP Major Suckow, G1 e inúmeros vencedores de grupo 2 e 3.

Skypilot é neto materno de Tokatee, um parelheiro que mais se destacou por sua longevidade, foi apresentado 32 vezes dos 3 aos 6 anos de idade sempre no dirt, 8 - 4 - 6, sendo sua vitória no Razorback Handicap, G3, 1700 m, sua segunda colocação no La Jolla Handicap, G3, 1700 m e terceiro lugar no Colonel F. W. Koester Handicap, G2, 1600 m seus mais expressivos resultados. Como reprodutor Tokatee seguiu o padrão da imensa maioria dos filhos de Seattle Slew, o de pecar por produzir poucos cavalos adequáveis a pista de grama, mesmo assim ainda conseguiu gerar os G1, Humbie (GP Linneo de Paula Machado) e Back Back Back (GP Juliano Martins), os G2, Icelander (GP Presidente Vargas, GP João Borges Filho, GP CPCCSP), Istar (GP Carlos Telles e Carlos Gilberto da Rocha Faria), Hobnot (GP Presidente do Jockey Club) e outros vencedores de G3 e Listeds. Como avô materno Tokatee vêm se apresentando de forma bem interessante, dentre seus netos destacamos além de Skypilot, a craque Daffy Girl (GP Cruzeiro do Sul, GP Diana – GV e CJ, GP Margarida Polak Lara, GP Dr. Frontin, 2. GP Brasil; Too Friendly (GP Presidente da República, GP Juliano Martins, GP Matias Machline) e Cat Thunder (3. GP Margarida Polak Lara e 5. GP Mariano Procópio).

Sua mãe Ilang-Ilang venceu 4 provas, sendo segunda colocada no GP Diana, G1; 3 GP Oswaldo Aranha, G2; 3 GP Duque de Caxias, G2, além de Skypilot produziu a “Champion 3y-old Filly” Daffy Girl, campanha acima comentada e outros 3 produtos, todos vencedores. Essa é uma linha materna introduzida no Brasil pelo Haras Santa Maria de Araras através da inglesa Cat Nap e que vêm demonstrando excelente vigor na constância em apresentar elementos de extrema qualidade, pertencentes a essa linha ventral destacamos Jolie Reine (GP Luiz F.Cirne Lima), Paris Queen (GP Henrique Possolo, GP 16 de Julho, GP Oswaldo Aranha, GP Mariano Procópio, GP Presidente Vargas), Villach King (GP Brasil, duas vezes, GP ABCCC, GP Linneo de Paula Machado, GP João Borges Filho, GP Presidente Vargas, GP Dr. Frontin, GP Presidente Arthur da Costa e Silva), Sugar Loaf, Inspirada, Fast Goer, Artedazza, Jab, Valois, Discreto Belo, Camonete, Bandido, Desejo Ousado, todos com vitórias e/ou colocações em provas de grupo, clássicos, listeds ou provas especiais.


 Skypilot em sua vitória no GP Juliano Martins.




                                                   Campanha 


2 anos

1. Grande Prêmio Jael B. Barros, 700 m, AE, Tarumã,
1. Clássico Presidente Herculano de Freitas, L, 1000 m, GM, Cidade Jardim,
1. Grande Prêmio Presidente José de Souza Queiroz, G2, 1400 m, GP, Cidade Jardim,
1. Grande Prêmio Juliano Martins, G1, 1600 m, GF, Cidade Jardim,

3 anos

2. Grande Prêmio Ipiranga, G1, 1600 m, GP, Cidade Jardim,
12. Grande Prêmio Jockey Club de São Paulo, G1, 2000 m, GP, Cidade Jardim,
16. Grande Prêmio Governador do Estado, G2, 1600 m, GP, Cidade Jardim.

Obs. Ao terminar o GP Jockey Club de São Paulo Skypilot se apresentou com uma distensão muscular em sua garupa, recuperado foi levado ao GP Governador do Estado onde teve contusão na quartela, operado, voltou a sentir a antiga distensão em treinamento e foi retirado para a reprodução.




Skypilot é um dos últimos remanescentes masculinos da linhagem do lendário MAN O’WAR e com grande qualidade que o credencia com todos os méritos para reprodução. Calumet Farm ao perceber a excelência da produção de Put It Back e reconhecendo o valor dessa linha masculina, hoje, inclusive comercial, adquiriu o notável tríplice-coroado Bal a Bali para fazer parte de seu conjunto de garanhões com serviço a venda por US$ 15.000 LFSN, o terceiro mais caro dentre seus padreadores. 

Voltando a Skypilot, fora sua excelente campanha precocemente interrompida por complicações musculares na garupa, trata-se de um irmão paterno do mesmo Bal a Bali e materno da craque Daffy Girl, o que demonstra a pujança de seu pedigree e o seu vigor em classicismo. Recém iniciado na reprodução com poucos produtos estreados a partir de 2014 apresenta até a data de  hoje, um índice de 74,14% de ganhadores com 7,40% (4 elementos) vencedores em provas Black Type.

Com a pressão de marketing a partir dos 80 praticada por grupos de investidores que passaram a dominar a criação do PSI e a conduziram a se concentrar nos garanhões de suas propriedades, MAN O’WAR se encontrou entre as inúmeras linhagens masculinas que foram abandonadas como conseqüência da “lavagem cerebral” praticada por essas corporações no cenário do turfe mundial.

S.A. Aga Khan é hoje um raro exemplo que consegue conduzir em altíssimo nível sua criação sem ser subjugado por essa nefasta influência de marketing na condução das linhagens que "servem" e das que "não servem". A indústria do turfe já percebe, pela incrível quantidade de produtos que não conseguem estrear ou quebram cedo, por problemas de saúde ocasionados pelo excesso de consangüinidade sobre esse número limitado de animais, a necessidade de refrescamento das concentradas linhas de sangue da moda. E já é possível observar o inicio na busca e resgate dessas genéticas abandonadas pelos interesses comerciais.

Seguramente os apologistas desse absurdo excesso de consangüinidade vão querer demonstrar o acerto dessa política de cruzamento com exemplos de animais que deram certo sob essas condições, mas se esquecem de lembrar do bem maior número dos que nem conseguiram estrear ou mesmo mancaram aos 2 e/ou 3 anos, ocasionando severo dano a seus criadores ou proprietários. Outro aspecto que tem que ser levado em consideração é o numérico, a tempos atrás examinando lista de produtos ofertados em Keeneland em uma seqüência de 50 inscrições, TODOS apresentavam algum grau de inbreeding sobre os mesmos garanhões, obviamente que com esses tipos de cruzamentos sendo majoritariamente praticados em quase todos os centros de criação eles tem que dominar o turfe mundial, é o "óbvio ululante" como dizia o grande Nelson Rodrigues.

Esperamos que a criação nacional não perca essa rara oportunidade em utilizar um garanhão como Skypilot, com plena capacidade de se transformar em um belo continuador da raríssima linhagem masculina de MAN O’ WAR, o nosso desejo é que o criador brasileiro consiga homeopaticamente ir se livrando aos poucos do cabresto que o prende historicamente ao medíocre reprodutor importado em detrimento ao bom nacional.

Animais que possuem o estilo de correr de Skypilot, aqueles que comandam o pelotão e lutam desesperadamente para manter a sua liderança na corrida são as "jóias raras" da raça, e a partir deles, é que tem sido possível construir o competidor clássico de nossos dias.

Por seu pedigree aberto Skypilot é uma grande opção na reprodução, podendo combinar com várias linhagens, grama ou areia e velocidade ou classicismo.



segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Going Somewhere




Going Somewhere, Fam. 10-d, alazão, SP, 2009, por Sulamani em Angel Star por Special Nash de criação e propriedade do Haras Philllipson, é o sexto vencedor brasileiro do Grande Prêmio Carlos Pellegrini, G1, 2400 m, San Isidro - Argentina, sendo este o seu mais notável feito, quando despontou como elemento internacional de boa grandeza, em 2012 foi o cavalo com maior rating na América do Sul, 119 libras-peso, os outros brasileiros contemplados com rating foram Plenty of Kicks - 116 e Didimo - 115.


Foto: Márcio de Ávila Rodrigues.

Levado a Europa e EUA obteve expressivas colocações em importantes provas de grupo. Going Somewhere em pistas foi um muito bom e típico cavalo de distâncias clássicas com alcance de fundo, mas, apresentando forma de correr correta para essas distâncias, a de sempre participar da corrida no pelotão intermediário e vir no final como o fez na pista de grama do Pellegrini, em alucinante pointe de vitesse para vencer essa prova de forma irretocável, impondo 1 1/2 corpo sobre o segundo colocado e marcando o excelente tempo de 2:22.20, o recorde dos 2400 metros em San Isidro é de 2:21.98. Conseqüentemente Going Somewhere em hipótese alguma pode ser considerado um típico galopador ou um “sopeiro”, como os cavalos de espera são designados em nosso turfe.


Sulamani.




Seu pai Sulamani foi um parelheiro de notável campanha, sendo um vencedor do Prix du Jockey Club – Derby francês, FR-G1, 2400 metros à época e segundo colocado no Prix de L’Arc de Triomphe, FR-G1, a prova de comparação mais importante do calendário mundial, outras suas vitórias foram Juddmonte International Stakes, GB-G1, Arlington Million, USA-G1, Turf Classic Invitational Stakes, USA-G1, Dubai Sheema Classic, UAE-G1 e Canadian International Stakes, CAN-G1. 

Trazido ao Brasil em shuttle serviu no Haras Calunga por duas temporadas e se destacou entre nós como um muito bom e consistente reprodutor, seguindo o mesmo padrão de outros garanhões que se destacaram como reprodutores no hemisfério sul apesar de seu pouco sucesso no hemisfério norte, seus índices no Brasil são excelentes, com 9,78% de seus filhos vencedores em provas Black Type e 15,21 % ganhadores e colocados nessas mesmas provas, números que o confirmam como um dos mais importantes garanhões que serviram modernamente na criação brasileira, além de Going Somewhere podemos destacar dentre seus filhos ao excelente parelheiro Ganesh, 1. GP General San Martin, ARG - G1; 1. Cl Chacabuco, ARG - G2; 1. Cl Comparación, ARG - G2; 1. GP Adil - G3; 2. GP Brasil - G1; 2. Charles Wittingham S, EUA - G2; Last Tycoon S, EUA - G3; 3. Del Mar H, EUA - G2; Invictus, GP São Paulo - G1; Concilium, GP Jockey Club de São Paulo - G1; Energia Destaque, GP Dezesseis de Julho - G2, GP Professor Nova Monteiro - G3 e GP Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro – Taça Maravilhosa - G3, mais os vencedores de grupo Choreograph, Ferragamo, Mitológico, Senatus, Nice Queen, Sul Blue entre outros. Internacionalmente Sulamani produziu Mastery, GB-G1; Cash And Go, GB-G1; Achtung, FR-G3; Tau Ceti, FR-G3; Aki, RUS-G1, entre outros.

Going Somewhere é neto materno de Special Nash, um exemplar que demonstrou precocidade, foi apresentado apenas aos dois anos na Itália onde mostrou boas qualidades, em 6 partidas obteve 5 vitórias e uma segunda colocação, venceu o Premio Guido Berardelli, G2, 1800 metros, Roma; Criterium Partenopeo, L, 1600 metros em Nápoles - a mais importante prova do sul da Itália para 2 anos - e segundo no Premio Giuseppe de Montel, L, 1500 metros, Milão, outra prova de importância para 2 anos no calendário italiano. Embora só tenha ganho dos 1500 aos 1800 metros, Special Nash apresenta um pedigree fundamentado em stamina, pois carrega vencedores do Arco, King e derbies europeus. Na reprodução produziu Givememore, GP João Cecílio Moraes, G1 (na época) e GP -Presidente Guilherme Ellis, G3; Right Special, GP Frederico Lundgren, G2 e GP José Carlos de Figueiredo, G3; Indochine, GP João Cecílio Moraes, G1 (na época); Econash, GP Antonio Peixoto de Castro JR, G2; Tenash, 2. GP J. Adhemar de Almeida Prado – Taça de Prata, G1 e 4. GP São Paulo, G1, Nansouk, Cl. Manuel  Quintela, URU-G3 e diversos outros ganhadores.




Special Nash.


Sua mãe Angel Star não correu e teve apenas dois filhos, sendo Going Somewhere o único apresentado as pistas. Ultra Star, ganhadora, sua segunda mãe produziu Honesto (URU), GP Presidente Antonio Correa Barbosa, G3; 4. GP Adil, G3 e 5. GP São Paulo, G1 e os úteis Diva Poderosa (URU), Juristar (URU) e Istar (URU). Em seu pedigree cabe destacar a presença em sua linha ventral da muito boa égua Bola de Cristal, uma das líderes de sua geração na Argentina, GP Selección, G1; GP Ignácio Correas, G1 e Cl. Francisco J. Beazley, G2 são suas mais importantes vitórias.

Acreditamos que a categoria de Going Somewhere em muito é devida a  conhecida combinação de sucesso entre os sangues de Hernando e Nashwan ou através de seus descendentes, um nick muito interessante em equilíbrio. Ganesh seu irmão 3/4, outro muito bom parelheiro, demonstra a pujança dessa rara combinação de sangue.

Going Somewhere em sua vitória no Grande Premio Carlos Pellegrini.





                                                      Campanha 

Brasil

3 anos

6. Prêmio Chopstick, 1500 m, GLN, Cidade Jardim,
3. Prêmio Apimentado, 1600 m, GB, Cidade Jardim,
3. Prêmio Alta Vista, 1800 m, GB, Cidade Jardim,
2. Prêmio Dearest Son, 1600 m, GB, Cidade Jardim,
1. Prêmio Centro Logístico da Aeronáutica, 2400 m, GP, Cidade Jardim,
1. Prova Especial Cacique Negro, 3000 m, GM, Cidade Jardim,

No exterior:

Argentina

1. Grande Prêmio Carlos Pellegrini, G1, 2400 m, G, San Isidro, Buenos Aires,
2. Clássico Porteño, G3, 2400 m, G, San Isidro, Buenos Aires,
3. Grande Prêmio 25 de Mayo, G1, 2400 m, G, San Isidro, Buenos Aires.

França

2. Prix Royal-Oak, G1,  3000 m, G, Longchamp, França,
2. Prix Right Royal, 3000 m, G, Longchamp, França,
3. Prix Maurice de Nieuil, G2, 2800 m, G, Longchamp, França,
3. Grand Prix de Deauville, G2, 2500 m, G, Deauville, França
3. Prix de Reux, G3, 2500 m, G, Deauville, França,
4. Prix Foy, G2, 2400 m, G, Longchamp, França.

EUA

2. San Juan Capistrano Stakes, G3,  2800 m, G, Santa Anita Park, Arcadia, EUA,
3. Charles Whittingham Stakes, G2, 2400 m, G, Santa Anita Park, Arcadia, EUA.


Going Somewhere pertence a uma combinação de sangue da qual é possível esperar sucesso sobre a linha Know Heights - Shirley Heights, acreditamos que seu cruzamento com filhas de Jeune-Turc deva ser considerado em alta estima, pois esse garanhão reúne duas linhagens que comprovadamente funcionam com Hernando, o mencionado Shirley Heights e Machiavellian. Fora as combinações clássicas acima descritas outro nick estatisticamente comprovado para essa linhagem masculina é sobre Exclusive Native, entendemos que Redattore talvez seja o melhor cruzamento para Going Somewhere pois dará a sua produção um maior equilíbrio em tenue para que seja alcançado distâncias de meio fundo com sucesso, mas sem perder a condição para a distância clássica, um cruzamento entre o limite das duas distâncias. Descendentes de Mr Prospector também indicam estatisticamente serem uma boa combinação para sua linhagem masculina, Going Somewhere necessita de éguas originárias de linhas velozes, o que não quer dizer 100% brilhantes,  "wing patterns"são reconhecidamente cruzamentos equivocados.

O cruzamento de Going Somewhere sobre filhas de T.H. Approval, mesmo que indique claramente uma falta de precocidade, ao que tudo indica seguirá direção acertada, pois os pouquíssimos animais em corrida que respondem a Hernando - With Approval se apresentaram bons ganhadores. Acreditamos que Going Somewhere em éguas com pedigrees mais aligeirados seja uma interessante opção.





quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Famílias maternas por Lowe, Bobinski e Zamoyski





Não existe assunto mais interessante e sedutor para os que se dedicam as coisas do élevage do PSI que uma incursão pela catalogação das famílias maternas da raça. Em 1885 foi publicado por Herman Goos um estudo com gráficos genealógicos intitulado "The Family Tables of English Thoroughbred Stock", onde identificou 61 famílias maternas no PSI. Bruce Lowe, estudioso australiano seguiu esse trabalho, tomou como fundamento para seu sistema as 4 grandes provas clássicas do turfe britânico: o Derby, os Oaks e o Saint Leger. Examinando e voltando atrás no pedigree de todos os vencedores dessas provas por via materna conseguiu identificar 43 éguas das quais descendiam todos os ganhadores dessas corridas, de cada égua se originaram vencedores em números variáveis e o autor lhes deu um número conforme a quantidade de descendentes vitoriosos nessas mesmas provas, ou seja, considerou como família número 1 aos descendentes que correspondiam a uma égua fundadora que tinha gerado um maior número de vencedores. A que obteve o lugar imediatamente abaixo recebeu a denominação de fundadora da família 2 e assim sucessivamente. Feito isso, Lowe não pode deixar de reconhecer a contribuição paterna na transmissão de características que davam a seus filhos condições acima da média da raça quanto a classicismo e relacionou do mesmo modo como fez com as fêmeas os garanhões que geraram vencedores daquelas provas, separando a quais famílias pertenciam e intitulou essas famílias como “sire families”.

O sistema de Bruce Lowe ficou então assim configurado:

A – As famílias 1, 2, 3, 4 e 5 denominadas RUNING FAMILIES;
B – As famílias 3, 8, 11, 12 e 14 denominadas SIRE FAMILIES;
e as demais até o número 43, foram chamadas por OUTSIDE FAMILIES.

É possível observar que a família 3 possui dupla aptidão por ser uma família que tanto gera ganhadores como reprodutores em elevado percentual.

No seu estudo Bruce Lowe encontrou que em 348 provas corridas sobre os clássicos por ele selecionados, haviam 180 vencedores que pertenciam as 5 primeiras famílias, ou seja, um 10% das éguas bases, as RUNING FAMILIES haviam gerado 52% dos ganhadores. O trabalho de Bruce Lowe foi publicado postumamente em 1895 por William Allison, editor.

Em 1897 o livro de Herman Goos foi republicado, mas agora com 50 famílias e utilizando a numeração de Bruce Lowe.





Posteriormente na década de 50, Kazimierz Bobinski e Stefan Count Zamoyski, patrocinados por The Earl of Derby, Frederico Tesio, Guy de Rothschild, Roberto Seabra, Maurice O’Neill, Earl of Dunraven and Mount-Earl, Peter Beatty, George Angus Garrett e F.D. Wadia, atualizaram o estudo de Bruce Lowe e Herman Goos, a ele acrescentando mais 183 provas europeias, 79 provas na América, 20 na Oceania, 5 na África do Sul e 5 na Índia. Do Brasil temos 7 provas tabuladas, a saber, Grande Prêmio Brasil, Grande Prêmio São Paulo, Grande Prêmio Cruzeiro do Sul, Gande Prêmio Derby Paulista, Grande Prêmio Marciano de Aguiar Moreira, Grande Prêmio Jockey Club Brasileiro (em sua configuração original como terceira prova de tríplice-coroa) e o extinto Derby Sul-americano.

Também foram incorporadas mais 24 famílias reconhecidas como puras inglesas, indo a um total de 74 famílias e se criou o entendimento das sub-famílias que passaram a ser identificadas por letras na sequência alfabética por vitórias, sendo “a” o ramo mais vitorioso, após ela a “b” e assim sucessivamente. Foram também criadas as chamadas novas famílias, essas novas famílias igualmente atendendo a premissa do menor número pertencer a mais ganhadora e assim sucessivamente:

A – famílias argentinas, Ar1 e Ar2;
B – famílias polacas, P1 e P2;
C – famílias cruzadas britânicas, B1 até a B26,
D – famílias norte-americanas, A1 até a A37,
E – famílias coloniais, C1 até a C33,

e uma listagem de cavalos notáveis que não pertencem a nenhuma família estabelecida.


Obs. Foram publicados 100 exemplares da obra de Bobinski, todos numerados. Para o Brasil vieram 10, conheço o destino original de 5 desses exemplares, Roberto Seabra, José Paulino Nogueira, Francisco Eduardo de Paula Machado, Carlos Gilberto da Rocha Faria e Antonio Peixoto de Castro Júnior. O meu exemplar é o de número 63 e a mim presenteado quando fiz 18 anos por meu saudoso e inesquecível amigo, dr. Carlos Gilberto da Rocha Faria. Eterna gratidão.





terça-feira, 21 de novembro de 2017

Tônemaí




Tônemaí, Fam. 16, castanho, RS, 2006, Wild Event em Onda por Jules, criação do Haras Santa Maria de Araras e propriedade do Haras Uberlândia, animal extremamente sadio e consistente correu dos 2 aos 6 anos, vencendo na grama dos 1500 aos 2400 metros em 8 oportunidades, o Grande Prêmio Francisco Eduardo de Paula Machado, G1, foi a sua principal vitória. Trata-se de um filho de Wild Event, 1. Early Times Turf Classic Stakes, G1, 1800 m; 1.W.L. McKnight Handicap, G2, 2400 m e 1. Keeneland Breeder’s Cup Mile Stakes, G2, 1600 m; mas é na reprodução que Wild Event se destaca sendo um dos mais notáveis reprodutores que já serviram no Brasil, semeando em nosso estoque genético suas qualidades. Pai até esta feita de 20 G1, entre eles o citado Tônemaí, Fluke, Poker Face, Daniel Boone, Esfinge, o Derby-winner argentino Eu Também, as vencedoras do Diana na Gávea Smile Jenny, Hunka Hunka, Cruiseliner, a Diana e Cruzeiro do Sul-Derby brasileiro Daffy Girl, a tríplice-coroada Old Tune, Double Trouble (USA), Brujo de Olleros, recordista dos 1600 metros em Maroñas, e Sing-A-Song (Uy), os recordistas Volly (1100 m - CJ) e Tokay (1400/1500/2100 m – Cristal),  já se apresentando também como avô materno de extremo sucesso através de Baccelo, Dolemite, Take The Stand (USA e Arg), etc... 

Sua mãe, a importada Onda é uma vencedora na grama nos 1300 e 1500 metros tem em Tônemaí seu primeiro e único produto, Ostora sua segunda mãe produziu Labirinto, um G3, sendo que sua terceira mãe My Darling One foi uma muito boa égua de pistas, 1. Fantasy Stakes, G1, 1. Fair Grounds Oaks, G3 e 3. Kentucky Oaks, G1, sendo mãe e avó de ganhadores e colocados em provas de grupo, Heart Lake, G3, Darling Flame, G3, Framelet, G3 e Beluga, G3. 

Wild Event.




Jules seu avô materno foi precoce e veloz, em 11 apresentações conseguiu 4 vitórias e 4 colocações, 1. Nashua Stakes, G2, 1600 m, foi seu melhor resultado, filho do excelente Forty Niner (campeão aos 2 anos), tem como segunda mãe Raise The Standard, uma filha de Natalma (mãe de Native Dancer), que produziu a clássica Coup de Folie, mãe de Machiavellian, Exit to Nowhere, Coup de Genie, Hydro Calido e  outros. Como reprodutor Jules se mostrou superior a sua campanha e confirmou as esperanças depositadas em sua régia linhagem, com 4 gerações obteve sólidos números, 11,63% de filhos ganhadores em provas Black Type e 18,10% ganhadores e colocados nessas provas, de seus filhos destacam-se Quick Road, G1, Quatro Mares, G1, Must Be Flying, G1, Notificado, G1, New Famous, G1, Mastro Lorenzo, G2, Match Box, G2, Millenaire, G2 e outros vencedores de grupo.

Jules.



Tônemaí em sua vitória no GP Francisco Eduardo de Paula Machado, G1,





                                                  Campanha

2 anos

7. Prêmio Waldmeister, 1400 metros, AB, Gávea,
1. Prêmio Membro do Conselho Consultivo 1984/1988, 1500 metros, GM, Gávea,

3 anos

2. Prêmio Diretor Tesoureiro do JCB – Construção do Hipódromo, 1600 metros, GB, Gávea,
5.Grande Prêmio José Paulino Nogueira, G3, 1600 metros, GP, Gávea,
4.Clássico Sandpit, L, 2000 metros, GM, Gávea,
1. Prêmio Ramirito, 1500 metros, GP, Gávea,
8. Grande Prêmio Estado do Rio de Janeiro, G1, 1600 metros, GM, Gávea, 
1. Grande Prêmio Francisco Eduardo de Paula Machado, G1, 2000 metros, GP, Gávea,
13. Grande Prêmio São Paulo, G1, 2400 metros, G1, GM, Cidade Jardim,

4 anos

1. Grande Prêmio Dezesseis de Julho, G2, 2400 metros, GM, Gávea,
3. Grande Prêmio Brasil, G1, 2400 metros, GM, Gávea,
1. Grande Prêmio Doutor Frontin, G2, 2400 metros, GM, Gávea,
2. Grande Prêmio Antonio Joaquim Peixoto de Castro Junior, G2, 2400 metros, GE, Gávea, 
5. Clássico Presidente Rafael ª Paes de Barros, L, 2400 metros, GM, Cidade Jardim,

5 anos

10. Grande Prêmio Brasil, G1, 2400 metros, GM, Gávea,
1. Grande Prêmio Doutor Frontin, G2, 2400 metros, GB, Gávea,
1. Grande Prêmio Antonio Joaquim Peixoto de Castro Junior, G2, 2400 metros, GM, Gávea,
3. Grande Prêmio Almirante Marquês de Tamandaré, G2, 2400 metros, GM, Gávea,
1. Grande Prêmio João Borges, G2, 2400 metros, GM, Gávea,
18. Grande Prêmio São Paulo, G1, 2400 metros, GM, Cidade Jardim,


6 anos

4. Grande Prêmio Dezesseis de Julho, G2, 2400 metros, GP, Gávea,
6. Grande Prêmio Brasil, G1, 2400 metros, GM, Gávea,
3. Grande Prêmio Doutor Frontin, G2, 2400 metros, GM, Gávea,
4. Grande Prêmio Antonio Joaquim Peixoto de Castro Junior, G2, 2400 metros, GM, Gávea,
7. Grande Prêmio Almirante Marquês de Tamandaré, G2, 2400 metros, GL, Gávea,
4. Grande Prêmio Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, G3, 2200 metros, AB, Gávea,


Tônemaí além da sua já comentada saúde e versatilidade apresenta pedigree extremamente aberto, o que facilita em muito a sua utilização como reprodutor. Só possui inbreedings em sua quarta e quinta geração, tendo apenas uma passagem em Northern Dancer através do saudável de locomotores Northfields e também uma passagem por Mr Prospector por meio de Forty Niner, um mensageiro saudável, ambos em sua quarta geração. Cabe destacar que Tônemaí possui um RF sobre Natalma em sua quinta geração, o que é de fato um importante fundamento em seu pedigree. Com apenas 3 produtos em idade de corrida, geração 2014, Tônemaí tem em sua filha Magnetic Eyes, uma neta de Fast Gold (Mr Prospector) sobre Minstrel Glory - The Minstrel – Northern Dancer, sua primeira vitória como garanhão numa eliminatória de 3 anos.

Assim como a “honestidade” de Ski Champ, os sucessos de Wild Event, Christine Outlaw, Silent Times e do recentemente falecido Fluke na reprodução entre nós, Tônemaí deixa transparecer de imediato que a pujança no Brasil de Icecapade é de fato algo que chama atenção de qualquer hipólogo do PSI e como já comentamos em outra oportunidade tornando o nosso turfe no grande baluarte dessa linhagem a nível mundial. Confiamos que Tônemaí com o excelente trabalho que o Haras Uberlândia vem demonstrando e na qualidade com a qual esse campo de criação vêm construindo seu plantel de matrizes encontrará plenas condições para seu sucesso e conseqüentemente do haras que nele apostou suas fichas.

Resta a pergunta: Se Tônemaí fosse nascido nos USA com uma campanha similar seria economicamente viável para um criador brasileiro importar animal de tal padrão?  Que os comissionados não venham com a tese de que vitória e/ou colocação em qualquer G2, G3 e outros tipos de prova nos EUA seja a toda forma superior as poucas provas de G1 brasileiras em razão do nível de seleção... A tudo cabe análise, nos USA a quantidade de G2 e G3 é absurdamente enorme, o que torna qualquer análise para importação de algum cavalo para garanhão algo muito criterioso, seja ele de onde for e vier.







terça-feira, 14 de novembro de 2017

Silent Times


Esse animal gerou dois vencedores do Derby Paulista, na temporada de 2016  serviu DUAS éguas e em 2017 UMA. E la nave va...




SILENT TIMES, Fam. 4-r, castanho, 2003, Irlanda, por Danehill Dancer em Recoleta por Wild Again, como corredor foi um dois anos de primeiríssima grandeza, tendo vencido o importante Intercasino Champagne Stakes, G2.  Seu pai Danehill Dancer foi o campeão dois anos da Irlanda e muito bom sprinter, tendo vencido dos 1200 aos 1400 metros, Phoenix Stakes, G1, National Stakes, G1 e Greenham Stakes, G3, foram suas vitórias, mas foi como reprodutor que se destacou ao produzir nomes como Mastercraftsman, Again, Lillie Langtry, Dancing Rain, Esoterique, Alfred Nobel entre outros, em 2009 Danehill Dancer foi o reprodutor líder na Inglaterra e Irlanda em 2009. 

Danehill Dancer




Sua mãe Recoleta é ganhadora e produziu Rock of Rochelle, vencedor de grupo e reprodutor iniciante na África do Sul; sua segunda mãe Alvear produziu Offlee Wind (US$ 976.000) e reprodutor líder dois anos em 2009 nos EUA, destacando-se seu filho Bayern com US$ 4.454.930 e 1. Breeder's Cup Classic, G1; sua terceira mãe Andover Way produziu Dynaformer, pai de 129 SWs e 25 G1 SWs, entre eles Bárbaro, Point of Entry, Lucarno, Americain, Rainbow View, White Moonstone e Blue Bunting. On the Trail a quarta mãe de Silent Times é inscrita no hall da fama americano, maiores informações:



Seu avô materno Wild Again foi um parelheiro de muito boa grandeza, Breeder's Cup Classic, EUA-G1, Meadowlands Cup H, EUA-G1, etc. Pai entre nós dos excepcionais reprodutores Wild Event e Christine’s Outlaw, Ski Champ é outro Icecapade com  bom desempenho como reprodutor no Brasil (7,60% vencedores em provas Black Type), demonstrando que por alguma razão inexplicável o Brasil é o baluarte Icecapade no turfe mundial. Silent Times com seus dois derby-winners Reality Bites e Galope Americano mais Capitólio, vencedor do GP Presidente da República, G1, Gávea, confirma a pujança do sangue Wild Again no turfe brasileiro.




                                              Campanha

2005

2 anos

2. Freephone Stanleybet E.B.F Maiden Stakes, 1450 metros, grama, Ayr – UK,
1. Fit As A Butcher Dog Challenge Maiden Stakes, 1400 metros, grama, York – UK,
2. Happy Valley Auction Stakes, 1400 metros, grama, Newbury – UK,
3. Galileo EBF Futurity Stakes, G2, 1400 metros, grama, Curragh – IR,
1. Intercasino Champagne Stakes, G2, 1400 metros, grama, Doncaster – UK,

2006

3 anos

11. Lane’s End Stakes, G2, US$ 500.000, 1800 metros, grama, Turfway Park – USA, prova preparatória para o Kentucky Derby,
Obs. Sentiu durante a corrida sendo alçado por seu jóquei.
8. Rock of Gibraltar EBF The Tetrarch Stakes, grama, 1400 metros, Curragh – IR.

Ao analisarmos os índices reprodutivos de Silent Times é incompreensível o abandono a ele relegado pelos criadores brasileiros, de seus filhos em idade de corrida 69,82% correram e 56,76% venceram, dos que correram 9,02% são vencedores Black Type, o que o coloca com índices bastantes consistentes num patamar que o credencia entre os melhores garanhões em atividade no país. Seus índices não ajustados são, 63,79% correram, 36,20% ganhadores e 6,36% ganhadores e colocados em provas Black Type (Stud Book).

O que se nota quanto ao pedigree de seus filhos que não correram ou encerraram prematuramente suas campanhas é a percepção de que inbreedings próximos sobre descendentes de Northern Dancer que trazem fragilidade locomotora e/ou a presença de Mr Prospector não indicam a direção mais apropriada no planejamento de coberturas para Silent Times. 

O estudioso do assunto Marcelo Augusto da Silva nos autorizou para ilustrar como exemplo negativo do acima exposto o potro El Vingador, por ele adquirido, que mesmo em que pese correto tipo físico e um início promissor em seu treinamento acabou mancando de tendão, não podendo dessa forma dar prosseguimento a sua campanha. A expectativa de sucesso de El Vingador tinha suas justificativas pois existem interessantes pontos de aproximação familiar em seu pedigree além de pertencer a uma muito boa família materna que entre nós produziu Mensageiro Alado, Acteon Man e Clausen Export, mas infelizmente o quesito hereditariedade em saúde, que jamais pode ser desprezado, acabou falando mais alto.



El Vingador apresenta um inbreeding 3 x 5 sobre Northern Dancer através de dois pontos de fragilidade em locomotores, o já conhecido nesse aspecto Danzig e Shareef Dancer. Shareef Dancer não estreou aos dois anos, foi um muito bom 3 anos, correndo apenas 5 vezes, venceu o Irish Derby, G1 e King Edward VII Stakes, G2, sendo declarado "Middle Distance Horse UK em 1983, ao iniciar campanha de 4 anos mancou de tendão e retirado para reprodução. Se somarmos a esse painel que Silent Times teve problemas de locomotores e que seu pai Danehill Dancer também pagou seu preço a Danzig é de se supor que o formato do pedigree de El Vingador indicava enormes possibilidades de problemas futuros quanto ao aspecto sanidade de locomotores, o que de fato acabou ocorrendo. 

O esquema de dosagens de Silent Times apresenta um diagrama em que se pode esperar aumento de distância com sucesso até provavelmente um meio fundo, tal fato aliado a uma categoria demonstrada em início altamente promissor seja a provável explicação de sua transferência para os EUA e inscrição numa Added preparatória para o Kentucky Derby, o seu alto índice em elementos Classic é a fonte da tenue necessária para que seus filhos, dentro de cruzamentos apropriados, possam atingir a distância clássica com sucesso. Como assim o fizeram seus dois derby-winners Galope Americano e Reality Bites.

Galope Americano



Reality Bites



O que se pode observar nesses dois exemplos é que Galope Americano possui um pedigree muito aberto, já que o elemento existente de consanguinidade é o inbreeding sobre seu pai. Cabe ressaltar a inexistência de elementos da linha de Mr Prospector que transmitam fragilidade de locomotores bem como qualquer outro da linha Northern Dancer que também potencialize esse tipo de hereditariedade, como o exemplo Shareef Dancer comentado em El Vingador. 

Quanto a Reality Bites nota-se que apresenta também um pedigree bem aberto e ausência de Mr Prospector, o inbreeding aqui existente sobre Northern Dancer, um 5 x 5, vem através de uma passagem por Danzig e outra pelo consistente Be My Guest, o que deixa claro que o ponto para Silent Times é o de se evitar nas éguas a ele oferecidas a presença de mensageiros que sejam transmissores de fragilidade de locomotores.


Capitólio, vencedor do GP Presidente da República, 1600 metros, Gávea.


Novamente percebe-se um pedigree bastante aberto com apenas um inbreeding para Capitólio, um 3 x 4 sobre Sharpen Up, isento de Mr Prospector e sem potencialização de elementos transmissores de fragilidade. Sharpen Up é um conhecido nick para Danehill e essa duplicação em Capitólio seguramente é um ponto de força.


Sigillaria, vencedora do GP Presidente José Bonifácio Coutinho Nogueira, 2400 m, Cidade Jardim.



Mais uma vez percebe-se um pedigree relativamente aberto, com um inbreeding 4 x 4 sobre Danzig, mas tendo como um dos mensageiros o saudável em locomotores Anabaa, e um 5 x 5 x 5 em Northern Dancer. O inbreeding sobre His Majesty existente em Silent Times não pode ser considerado em Sigillaria como tal. Também nota-se a ausência de Mr Prospector nesse outro filho clássico de Silent Times.


Portanto, reiteramos que tudo indica que o já obtido sucesso de Silent Times na reprodução está alicerçado em seu cruzamento sobre éguas sãs e pertencentes a linhagens saudáveis. A ausência de Mr Prospector nos seus principais filhos merece atenção, caso não se queira abrir mão das inegáveis qualidades desse reprodutor é interessante cautela pois hoje é condição mais que conhecida na criação mundial que inbreedings envolvendo a descendência de Danzig e Mr Prospector só são relativamente seguros se efetuados via mensageiros saudáveis de locomotores.

Silent Times oferece ao criador brasileiro a possibilidade da utilização de suas filhas com os garanhões Wild Again aqui existentes, e assim possibilitar um trabalho de consanguinidade sobre uma linhagem que se enraizou em nossa criação com imenso sucesso. Por Wild Event: Tônemaí e Poker Face; Christine's Outlaw: Universal Law, Joe Owen e High Chris. Ou mesmo, sua utilização direta em filhas de Wild Event, Christine's Outlaw, Bright Again e Ski Champ. O sucesso inicial do lamentavelmente falecido Fluke como reprodutor, assim como o envio de Daniel Boone pelo Haras Santa Maria de Araras para servir em sua seção argentina demonstram o quilate da linhagem Wild Again/Icecapade.

Entendemos que além das hipóteses acima comentadas o cruzamento de Silent Times com filhas de Manduro e Shirocco, dois consistentes alemães de primeira categoria, linhas de Saddler's Wells e Know Heights - Shirley Heights sejam opções a serem consideradas. Como Silent Times está sediado no Paraná, onde existem muitas filhas de Amigoni, esse é um cruzamento muito interessante, onde se busca o chef-de-race Danehill por um 3 x 3, mas é fundamental que essas filhas de Amigoni sejam completamente sãs de locomotores e bem aprumadas.

Um ponto também a ser melhor observado para Silent Times é que sua progênie parece demonstrar algum tipo de inadequação para pistas que não sejam a grama.