terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Agnes Gold - A dinastia de Halo




Agnes Gold


Agnes Gold, fam.16-a, nasceu em 1998 na Shadai Farm, Japão. Um típico milheiro alongado, que apresentou campanha de bom padrão dos 2 aos 3 anos, dentro de um ambiente extremamente competitivo como o do turfe japonês, 7-4-1.

                                    Campanha

2 anos

1. Two-Year-Old Newcomer, 1600m, grama, Hanshin,

3 anos

1. Wakagoma Stakes, 2000m, grama, Kyoto,
1. Hisaragi Sho (NHK Sho), G3, 1800m, grama, Kyoto,
1. Fuji TV Sho Spring, G2, 1800m, grama, Nakayama,
8. Kobe Shimbun Hai, G2, 2000m, grama, Hanshin,
8. Kikuka Sho (Japanese St.Leger), G1, 3000m, grama, Kyoto,
3. Naruo Kinen, G3, 2000m, grama, Hanshin.

Após breve campanha como garanhão nos EUA, foi adquirido em 2008 pelo Haras Estrela Energia - Paraná, hoje pertence a um condomínio e está baseado em Bagé. Agnes Gold possui 9 gerações em idade de corrida e atingiu o índice de 7,6% de ganhadores em provas black-type, o que o credencia como um dos mais relevantes garanhões a serviço do turfe brasileiro. São seus filhos os grupo 1: Mais Que Bonita, Silence Is Gold, Antonella Baby, Energia Fribby, Abidjan, os G2 Bavaro Beach, Ilustre Senador, Hard Trick, Dalheconquistadora, Energia Garoa, Little Bad Girl, Tanto Riso, Energia Elegante, Bom Gosto e os G3 Pixilim, Ouro da Serra e Energia Gstaad. 





Ao examinarmos o pedigree de Agnes Gold, apenas até a sua quinta geração, é possível perceber a quantidade de distintos chefs-de-race quality chefs  que o compõe: Sunday Silence, Halo, Northern Taste, Hail to Reason, Northern Dancer, Caro, Turn-To, Promised Land, Victoria Park, Nearctic, What A Pleasure, Royal Charger, Mahmoud, Gulf Stream, Nearco, Native Dancer, Hyperion, Grey Sovereign, Bold Ruler e Dr Fager - 20 no total. Esse é um importante diferencial para os criadores que são adeptos a utilização de consanguinidade por distintas vias. 

Por essa linha de entendimento também cabe notar que Agnes Gold possui a matriarca Almahmoud através de suas duas notáveis filhas Natalma e Cosmah, o que também pode possibilitar interessantes combinações. Se formos um pouco mais além, sétima geração, veremos a presença de duplicações nas matriarcas Selene via  Hyperion e Pharamond II e Mumtaz Begum por Nasrullah e Sun Princess = Royal Charger; além de grandes nomes em inbreeding como os de Nearco, Hyperion, Pharos, Mahmoud, Phalaris, Gainsborough e Solario. 

Com toda certeza, Agnes Gold possui um pedigree bastante credenciado para utilização em trabalho de consanguinidade além de sua quinta geração. O que é bastante interessante, pois possibilita um maior refrescamento de sangue, que inegavelmente ajuda a proporcionar o perdido e hoje tão almejado vigor dentro do PSI.

Apresentaremos o pedigree da craque Mais Que Bonita, um cirúrgico exemplo de como proceder cruzamentos com Agnes Gold. 




Mais Que Bonita. Foto: Gerson Martins.


Uma combinação quase outbred, apenas um 3x5 sobre Halo, e a partir da quinta geração uma "puxada" nas grandes matriarcas  Grand Splendor e Almahmoud, além de um retorno ao pensamento tesiano quanto a utilização de inbreedings mais distantes. Nota-se aqui, a moderna tendência dos staffs europeus e que também inicia-se nos EUA, que é a de fugir aos excessos de consanguinidade sobre a combinação Mr Prospector, Northern Dancer e Buckpasser. Essa conjunção de inegável sucesso nas pistas, também foi responsável, em grande parte, pela extrema fragilidade quanto a saúde locomotora, de grande número de indivíduos no PSI moderno. 







 
O fundamento básico para se poder aspirar, com maior possibilidade de êxito, a obtenção de um craque, inicia-se na escolha de uma correta combinação genética.