quinta-feira, 15 de junho de 2023

Reynato Sodré Borges - 4ª carta

 


Mauser vencendo o GP Oswaldo Aranha (J.M. Silva up), cavalo de primeira prateleira do Haras Tibagi, oriundo de cobertura planejada pelo Dr. Reynato.


Meu Caro amigo,

 

Vou comentar um dos setores mais importantes de um haras que é o constituído pelo plantel. É o setor da produção e portanto da rentabilidade esportiva e econômica.

É possível criar bons cavalos em clima tropical (impróprio) com cocheiras ou melhor abrigos de sapê, pisos de terra, cochos de madeira, enfim com simplicidade como o fez o saudoso criador Frederico Lundgren em seu Haras Maranguape em Paulista, Pernambuco (na oportunidade darei uma explicação disso e porque) mas não é possível fazê-lo com éguas de baixa qualidade.

Qualquer cavalo que não seja aleijado ou um total matungo, ganha corrida. Mas, o objetivo de um bom criador é ganhar corridas clássicas, sendo o DERBY (a mais importante prova para os 3 anos em qualquer turfe do mundo) o galhardão máximo que consagrará a sua criação. O cavalo clássico é o melhor entre os bons. CLÁSSICO é o que serve de modelo, é o que é citado como exemplo, é o que demonstra categoria.

Como será possível alcançar esse objetivo? Selecionando as éguas de cria, os ventres, principalmente pela linha materna. E mais uma vez digo a você que nada existe de pessoal no que vou tentar expor, sendo tudo resultante de cultura e vivência no assunto. E se as vezes a minha ênfase ou o meu tom convincente chegarem a incomodar, peço excusas pois o meu único desejo é que aprenda certo.

Devemos sempre não esquecer que por mais que saibamos de turfe, o que ignoramos sempre será muito. E esse é justamente um dos encantos do turfe, o de que nunca chegamos ao fundo do poço do conhecimento.

Gostaria de início que deixasse de lado nosso machismo sul-americano pois a égua é o elemento principal no haras. Antes de pensar em um garanhão pense em adquirir éguas pertencentes a boas linhas maternas e as melhores que puder comprar. É melhor você ter uma boa égua do que 3 éguas mais ou menos, mesmo que com o valor gasto por ela equivalha a essas 3... Procure éguas que tenham mãe, avó ou irmãs clássicas, ou melhor, que tenham participado com relativo sucesso nas provas clássicas. Não é fácil conseguir uma vencedora do Diana, mas uma que tirou 2º ou 3º, ou então alguma que tenha chegado no “bolo”  próximo, o mesmo nos Criteriuns e provas comparativas e mesmo, nos clássicos de 2 anos onde demonstram precocidade (um dos critérios de seleção na criação mas não o mais importante).

A cor local quando se analisa turfe é indispensável. Portanto deverás indagar sobre as éguas que te interessam do treinamento feito, se muito científico ou não, pois os animais que ganham estimulados não vão transmitir essa falsa qualidade que demonstraram e isto também é importante. Sempre compre éguas em fim de campanha de forma direta ou nos leilões de animais em treinamento. Evite totalmente as éguas de leilões de redução de plantel, pois de forma geral são éguas que apresentaram algum tipo de problema em seus haras de origem. Quanto aos leilões de liquidação, quando todo o plantel é ofertado à venda, a situação é distinta e maior é a confiabilidade.

Mas por favor, não leve para seu haras aquela éguinha de orelhas bonitas que sua esposa acha linda, e seu filho dá tabletes de açúcar, que ganhou umas 3 corridinhas noturnas até os 6 anos de idade, filha de tatu com cobra d’água. Ela irá produzirá ganhadoresinhos como ela a não ser que seja coberta pelo MILL REEF!!! E mesmo assim teremos que rezar para que algum milagre aconteça... E fique certo que o grande óbice ao sucesso dos haras brasileiros é exatamente este. Além desse tipo de égua, levam para garanhão aquele cavalo que ganhou umas corridas e nas quais acertou umas pules; e quando com maior poder financeiro por questão de status e glamour, importam para garanhão os terríveis “matungos de régio pedigree” que tanto devastam a criação nacional.

Outro critério para compor o seu plantel é adquirir nos leilões 2 ou 3 potrancas de boa linha materna e se possível, como já comentei,  filhas, sobrinhas ou netas de ganhadoras clássicas que poderão em corrida, até aos 4 anos ressarcir em parte ou no todo o que custaram. Isto não é difícil. Procure as entregar a um treinador competente, que alcance o seu objetivo e que não seja adepto a artificialismos no treinamento. Não faça como a maioria dos proprietários que ficam em cima do treinador querendo ganhar corridas; deixe-o trabalhar com tranquilidade que o sucesso virá. Caso alguma potranca não dê para correr, acidentando-se (as nossas raias são muito ruins), não há impedimento algum para que faça parte do seu plantel. Quanto ao pai dela, só é indispensável que não suje o pedigree pois o principal entre nós, veja bem, na cor local brasileira, é a linha materna já que o criador brasileiro possui por hábito não utilizar os craques nacionais e preferem importar cavalos que em grande número são do 3º time para usar uma comparação futebolística.

Recentemente morreu Fort Napoléon que no nosso turfe foi um garanhão de seleção, muito em razão de ter encontrado muitas éguas filhas de Formasterus da linha masculina de Asterus, obtendo-se assim o nick Tourbillon – Asterus, mais a presença de inbreeding sobre a matriarca Basse Terre, o que facilitou sua tarefa. Veja bem, isto em nada o desmerece e palmas aos seus proprietários que souberam o escolher. Lembro-me de outros garanhões de seleção que já morreram e deixaram marcas como King Salmon, Hunter’s Moon, Coaraze, Formasterus, Swallow Tail, Sayani, Elpenor para citar alguns e todos com ótima linha materna. É evidente que temos vários garanhões de 1º time e alguns poucos que já podem ser considerados de seleção como Waldmeister, Locris, Felicio, Zenabre e Sabinus. Os 3 primeiros tem soberbas linhas maternas.

Mas, volto ás éguas para o seu haras. Acabei de ler que uma irmã própria de Daião vai a leilão em São Paulo e a meu ver vale uma nota. E caso pesquise no catálogo oficial encontrará outras de padrão semelhante. Lembro novamente a você que a filha, a neta e a sobrinha da égua clássica tem muito mais probabilidades de ser clássica do que aquela que só tenha em seu pedigree ganhadoras comuns. Buscar sempre o classicismo na linha materna e caso seja filha de um garanhão vencedor ou produtor clássico melhor ainda. No momento há um bom exemplo para citar que é o potro Land Force, líder de sua turma, invicto  e por performances  convincentes.É filho de Locris, garanhão líder em La Malma, égua inglesa, filha de Manacle (garanhão de 2ª) na Nearctica e esta filha de Nearctic (um dos últimos Nearco e pai de Nijinsky, Northern Dancer e outros bons) em Great Niece (linha da Pretty Polly) e tendo ainda Nearctica um inbreeding 3x4 na Sister Sarah!!

Imagine como seria bom se você pudesse comprar uma filha da La Malma para o seu plantel. É claro que o´criador sendo esclarecido não venderá ou só o fará se já tiver uma ou duas filhas dela.

Mas existem outras éguas mães do mesmo padrão e cabe a você procurar. Também poderá encontrar potrancas que não sejam perfeitas e que o criador possa se desfazer por baixo preço, por não poderem correr. Não esqueça, são raros os defeitos transmissíveis fora das linhagens conhecidas pela transmissão de taras. Em regra os defeitos visíveis são adquiridos por terreno impróprio, má alimentação, acidentes e correções incorretas. Além disso há defeitos de atitude que não modificam a mecânica do galope que é em síntese o principal no P.S.I. Quando comentar a parição você verá quantos defeitos da primeira infância do potro podem ser imputados as más condições na ocasião do parto.

Então, não esqueça meu caro amigo que o principal numa égua de cria é a sua linha materna. Um dos mais consagrados critérios turfistas é chamar de irmão um animal que tenha a mesma mãe e não o mesmo pai. Por que? É fácil entender pois um bom garanhão em 10 anos de serviço produz em média 300 filhos e uma égua no máximo 8 produtos. Daí dizer-se que um potro é meio-irmão de outro quando a mãe é a mesma e irmão inteiro quando pai e mãe são os mesmos.

Outro critério na escolha de éguas para criar é o de não terem campanha longa, pois correr até os 6 anos, por exemplo, prejudica a fêmea para criação pois o exclusivo treinamento já é estafante e intoxicante mesmo, não faltando medicações estimulantes quase sempre tóxicas também, assim como tratamentos para impedir a manifestação do cio. A medicação estimulante nos hipódromos é quase toda a base de arsênico como o ácido arsênico, o licor de Fowler e também é tóxico o arsênico orgânico pentavalente (Arsil) que os treinadores tanto gostam. Em doses pequenas eles estimulam, mas o raciocínio do ignorante é que se com x eles melhoram, com 5 x eles melhorarão mais.

A meu ver, reconhecendo ser mera hipótese, penso que o número elevado de produtos com fragilidades e oriundos de primeira gestação está relacionado a que essas éguas egressas dos hipódromos são imediatamente servidas ao chegarem aos haras e não tiveram tempo de se desintoxicarem das medicações a elas impostas durante as suas vidas nos hipódromos. Daí os criadores bem orientados fazerem uma adaptação da égua no haras nunca inferior a 6 meses. Nesse período, com abundância de verde (rico em complexo B) que é desintoxicante e livre da tensão do hipódromo, elas se amatronam e se condicionam para a reprodução.

A égua foi feita para parir e não para correr. Ela é preparada para correr buscando-se mostrar seu potencial de corredora no sentido de seleção, pois a maneira mais fácil de perceber a qualidade de um cavalo é vê-lo chegar em 1º lugar. Mas, não é a única e em outra oportunidade vou procurar dar a você elementos para pesquisar a qualidade antes da performance.

Meu caro amigo, faça as escolhas das éguas de cria com bons critérios, sem pressa (pois ela é inimiga da perfeição já dizia o Conselheiro Acácio) e procure se convencer que é mais sábio um número pequeno e selecionado do que as 20 éguas para “encher” as 20 cocheiras.

Acho que na próxima carta ainda conversaremos sobre o plantel.

 

Reynato Sodré Borges

Tebas – maio - 1979





quinta-feira, 1 de junho de 2023

Uma égua produz melhor produto após uma temporada de descanso?

   


Pimper's Paradise, em foto de Sylvio Rondinelli, é um exemplo de filho de égua vazia em temporada anterior.


Foi encontrado em exemplar da "The British Racehorse Magazine" de 1970, um artigo muito interessante. Atualmente, é cada vez mais raro encontrarmos estudos como este. Consequentemente, informações que possam ajudar na busca de melhores resultados na criação devem ser "garimpadas" em antigas publicações. Como o objetivo desse blog, é somar para melhores práticas dentro do universo da criação do PSI, esse artigo é apresentado para reflexão. 


Uma égua produz melhor produto após uma temporada de descanso?


Durante pesquisas na revista "The British Racehorse", entendi que seria interessante pesquisar se havia relação entre um animal apresentar alta classe nas pistas e nascimento depois da pausa de uma temporada de sua mãe, seja intencionalmente para descanso de ventre, por aborto ou mesmo por ter ficado vazia no período de cobertura.

Inicialmente pesquisei o Stanley Stud,  lar das grandes mães CANTERBURY PILGRIM, CANYON, DRIFT,  GONDOLETTE, SCAPA FLOW, SELENE e SERENISSIMA,  e encontrei os seguintes resultados para essas maravilhosas matrizes:

1 - Canterbury Pilgrim

1899 - produto morto de St.Serf, 

1900 - produziu CHAUCER (por St. Simon),

1906 - abortou gêmeos de Volodyovski,

1907 - produziu SWYNFORD (por John O'Gaunt),

2 - Canyon

1922 - vazia de Phalaris,

1923 - produziu COLORADO (por Phalaris).

3- Drift

1935 - vazia de Caerleon,

1936 - produziu HELIOPOLIS (por Hyperion).

4 - Gondolette

1914 - vazia de Swynford,  

1915 - produziu FERRY (Swynford),

1920 - descansou,

1921 - produziu SANSOVINO (por Swynford).

5 - Scapa Flow

1924 - vazia de Phalaris,

1925 - produziu FAIRWAY (por Phalaris),

1926 - vazia de Phalaris,

1927 - produziu FAIR ISLE (por Phalaris)

           1932 - vazia de Sansovino,        

           1933 - produziu ST. MAGNUS (por Sansovino).

6 - Selene

1929 - vazia de Phalaris,

1930 - produziu HYPERION (por Gainsborough).

7 - Serenissima 

1921 - vazia de Hainault,

1922 - produziu SCHIAVONI (por Swynford),

1925 - vazia de Swynford, 

1926 - produziu BOSWORTH (por Son-In-Law).


Aqui estão incluídos dois animais ganhadores dos 1.000 Guinéus, um dos 2.000 Guinéus, dois do Derby Stakes, três do St. Leger e um da Ascot Gold Cup. Esta lista representa uma alta proporção dos melhores cavalos de corrida e garanhões produzidos pela criação de Lord Derby, que, praticamente, criou todos os seus ganhadores, que atingiram entre 800 e 900 mil libras em somas ganhas. Encabeçando, por sete vezes, a lista dos proprietários de maior sucesso na Inglaterra e deixando no turfe uma influência marcantemente benéfica.


Também é apropriado considerarmos a extraordinária reprodutora FEOLA (égua de fundação do Royal Stud de nossa Rainha, uma autoridade em assuntos do PSI), como notável exemplo de sucesso após vários períodos de inatividade:


Feola, uma égua de temperamento violento, segundo dizem, produziu três de suas predominantes filhas nas seguintes circunstâncias:

1940 - descansou,

1941 - produziu KNIGHT'S DAUGHTER (por Sir Cosmo)

           1953 - descansou,

           1954 - produziu ROUND TABLE (por Princequillo).

1944 - vazia de Umidwar,

1945 - produziu ANGELOLA (por Donatello II)

           1949 - vazia de Hyperion,

           1950 - produziu AUREOLE (por Hyperion).

1946 - vazia de Hyperion,

1947 - produziu ABOVE BOARD (por Straight Deal)

           1955 - descansou,

           1956 - produziu ABOVE SUSPICION (por Court Martial).


Entre os campeões de nosso século, que se enquadram em nosso estudo, devemos mencionar dois ganhadores tríplice-coroados; ROCK SAND (em 1903) e BAHRAM (em 1935). 

Também se classifica POMMERN, que ganhou a tríplice coroa durante o período da guerra, em 1915. Foi um corredor muito bom, mas quase que insignificante como reprodutor.

Tanto ROCK SAND, como BAHRAM, conseguiram manter o seu prestígio de grandes ganhadores, quando levados para o haras. O nome do primeiro ainda continua em evidência, por meio de Papyrus, que aparece com destaque nos pedigrees modernos como o de Ribot e como avô materno de Man O'War (o maior cavalo de corrida dos EUA).

BAHRAM exerce uma influência permanente na criação, como pai de Big Game e Persian Gulf (ambos filhos de célebres éguas corredoras) e de reprodutoras da qualidade de Doubleton (avó de Meld, bisavó de Charlottown) e Mah Iran.

Mah Iran, é mãe de Migoli, um dos raros ganhadores ingleses, nos últimos anos, do Prix de L'Arc de Triomphe e avó de Petite Etoile, e leva-nos a considerar alguns outros exemplos interessantes no ramo "C" da Familia 9, que se destacou a partir da matriarca Lady Josephine.

Um ramo que produziu alguns brilhantes primogênitos: 

- LADY JUROR,

- ROYAL CHARGER e sua mãe, SUN PRINCESS,

- MAHMOUD,

- MIGOLI


Para maior ilustração do tema, pode ser apresentada a seguinte classificação para essa família:

Mumtaz Mahal

1927 - abortou gêmeos de Gainsborough,

1928 - produziu MAH MAHAL (por Gainsborough)

           1938 - descansou,

           1939 - produziu MAH IRAN (por Bahram)

                       1945 - descansou

                       1946 - produziu MOONDUST (por Stardust). 

1932 - produziu MUMTAZ BEGUM (por Blenheim)

           1938 - descansou,

           1939 - produziu DODOMA (por Dastur)

                        1946 - abortou gêmeos de Nearco,

                        1947 - produziu DIABLERETTA (por Dante).

1933 - descansou,

1934 - produziu RUSTOM MAHAL (por Rustom Pasha)

           1941 - produto natimorto de Nearco,

           1942 - produziu FILLE DU REGIMENT (por Nearco),

           1945 - vazia de Colorado Kid,

           1946 - produziu ABERNANT (por Umidwar).


Alguns destes nomes serão lembrados como membros brilhantes de uma velocíssima linhagem feminina. Mumtaz Mahal foi, sem dúvida, um fenômeno, enquanto que Lady Josephine era extremamente veloz. A última é um produto primogênito. Sua mãe, Americus Girl, nasceu um ano depois que Palotta, sua mãe, ficou vazia de Hackler. 

Parece quase evidente que nesta fascinante família exista um fator hereditário, quanto ao fato de uma égua produzir um filho de qualidade especial, após uma temporada de inatividade.


Pode-se observar, ainda, outra lista de celebridades, além dos exemplos já citados, de 1920 em diante, que parecem confirmar a ideia de que uma temporada de descanso é de grande importância para que uma reprodutora se restabeleça. Alguns dos nomes que se seguem poderão evocar, para alguns turfistas mais antigos, lembranças de ocasiões excitantes:

1 - Sun Worship

1921 - vazia de Lomond, 

1922 - produziu SOLARIO (por Gainsborough).

2 - Good and Gay

1921 - vazia de Tracery,  

1922 - produziu SAUCY SUE (por Swynford).

3 - WetKiss 

1922 - abortou de Hurry On, 

1923 - produziu CORONACH (por Hurry On).

4 - Popingaol 

1923 - vazia de The Tetrarch,

1924 - produziu BOOK LAW (por Buchan)

                        1932 - descansou,

                        1933 - produziu RHODES SCHOLAR (por Pharos).

5 - Trimestral 

1925 - produto morto por Rochester,

1926 - produziu TRIMDON (por Son-In-Law).

6 - Uganda

1928 - vazia de Zambo,

1929 - produziu UDAIPUR (por Blandford).

7 - Golden Hair

1928 - vazia de Tetratema, 

1929 - produziu ORWELL (por Gainsborough).

8 - Resplendent

1930 - abortou de Tetratema,

1931 - produziu WINDSOR LAD (por Blandford).

9 - Bongrace 

1939 - descansou, 

1940 - produziu RIBBON (por Fairway).

10 - Jiffy 

1940 - descansou, 

1941 - produziu OCEAN SWELL (por Blue Peter).

11 - Rosy Legend 

1941 - vazia de Colombo, 

1942 - produziu DANTE (por Nearco).

12 - Eclair

1942 - vazia de Hyperion, 

1943 - produziu KHALED (por Hyperion). 

13  - Art Paper

1943 - vazia de Felicitation,

1944 - produziu PETITION (por Fair Trial).

14 - Pasqua 

1949 - descansou,

1950 - produziu PINZA (por Chanteur).

15 - Bright Lady

1952 - vazia de Orthodox,

1953 - produziu GLADNESS (por Sayajirao).

16 - Indian Call 

1953 - descansou, 

1954 - produziu BALLYMOSS (por Mossborough) .

17 - Pirette

1953 - descansou,

1954 - produziu PRIMERA (por My Babu).

18 - Noorani

1955 - descansou.

1956 - produziu SHESHOON (por Precipitation).

19 - Turkish Blood

1956 - descansou, 

1957 - produziu VIENNA (por Aureole).

20 - Crepuscule 

1958 - produto morto de Alycidon,

1959 - produziu TWILIGHT ALLEY (por Alycidon).

21 - Life Sentence

1959 - abortou de Hornbeam,

1960 - produziu ONLY FOR LIFE (por Chanteur).

22 - Duke's Delight 

1959 - descansou,

1960 - produziu NOBLESSE (por Mossborough).

23 - Fair Edith

1961 - descansou,

1962 - produziu AUNT EDITH (por Primera).

Entre esses grandes ganhadores, em um período de 40 anos, pois o trabalho não pretende ser cansativo, encontram-se uma ganhadora dos 1.000 Guinéus, dois ganhadores dos 2.000 Guinéus, três do Oaks, cinco do Derby Stakes, cinco do St. Leger, seis da Gold Cup e três ganhadores do King George VI and Queen Elizabeth Stakes.


Como complementação dessas evidências, é um prazer referir-nos à atual égua dominante do cenário europeu, a grande campeã  PARK TOP: 

1º King George VI and Queen Elizabeth Stakes, 

1º Coronation Cup, 

1º Harwicke Stakes, 

1º Ribblesdale Stakes, 

1º Cumberland Lodge Stakes, 

2º Prix de l'Arc de Triomphe, 

2º Eclipse Stakes, 

2º Champion Stakes, 

2º Coronation Cup, etc,  

que nasceu um ano depois que sua mãe, NeIlie Park abortou, e consequentemente está ligada a este argumento.


por Cedric Borgnis


Nota do tradutor: Considerando o trabalho do autor, podemos citar, entre outros, à Buckpasser, Halo, Nijinsky, Nureyev, Danzig, Sadler's Wells, Sunday Silence, Dubawi, Acclamation, Shamardal, Dark Angel, Sea The Stars, Wootton Bassett, Invincible Spirit, Churchill, Kitten's Joy e Frankel, como alguns exemplos de filhos cujas mães ficaram vazias na temporada anterior.  


Tradução: Ricardo Imbassahy