O sistema de Bruce Lowe ficou então assim configurado:
A – As famílias 1, 2, 3, 4 e 5 denominadas RUNING FAMILIES;
B – As famílias 3, 8, 11, 12 e 14 denominadas SIRE FAMILIES;
e as demais até o número 43, foram chamadas por OUTSIDE FAMILIES.
É possível observar que a família 3 possui dupla aptidão por ser uma família que tanto gera ganhadores como reprodutores em elevado percentual.
No seu estudo Bruce Lowe encontrou que em 348 provas corridas sobre os clássicos por ele selecionados, haviam 180 vencedores que pertenciam as 5 primeiras famílias, ou seja, um 10% das éguas bases, as RUNING FAMILIES haviam gerado 52% dos ganhadores. O trabalho de Bruce Lowe foi publicado postumamente em 1895 por William Allison, editor.
Em 1897 o livro de Herman Goos foi republicado, mas agora com 50 famílias e utilizando a numeração de Bruce Lowe.
Posteriormente na década de 50, Kazimierz Bobinski e Stefan Count Zamoyski, patrocinados por The Earl of Derby, Frederico Tesio, Guy de Rothschild, Roberto Seabra, Maurice O’Neill, Earl of Dunraven and Mount-Earl, Peter Beatty, George Angus Garrett e F.D. Wadia, atualizaram o estudo de Bruce Lowe e Herman Goos, a ele acrescentando mais 183 provas europeias, 79 provas na América, 20 na Oceania, 5 na África do Sul e 5 na Índia. Do Brasil temos 7 provas tabuladas, a saber, Grande Prêmio Brasil, Grande Prêmio São Paulo, Grande Prêmio Cruzeiro do Sul, Gande Prêmio Derby Paulista, Grande Prêmio Marciano de Aguiar Moreira, Grande Prêmio Jockey Club Brasileiro (em sua configuração original como terceira prova de tríplice-coroa) e o extinto Derby Sul-americano.
Também foram incorporadas mais 24 famílias reconhecidas como puras inglesas, indo a um total de 74 famílias e se criou o entendimento das sub-famílias que passaram a ser identificadas por letras na sequência alfabética por vitórias, sendo “a” o ramo mais vitorioso, após ela a “b” e assim sucessivamente. Foram também criadas as chamadas novas famílias, essas novas famílias igualmente atendendo a premissa do menor número pertencer a mais ganhadora e assim sucessivamente:
A – famílias argentinas, Ar1 e Ar2;
B – famílias polacas, P1 e P2;
C – famílias cruzadas britânicas, B1 até a B26,
D – famílias norte-americanas, A1 até a A37,
E – famílias coloniais, C1 até a C33,
e uma listagem de cavalos notáveis que não pertencem a nenhuma família estabelecida.
Obs. Foram publicados 100 exemplares da obra de Bobinski, todos numerados. Para o Brasil vieram 10, conheço o destino original de 5 desses exemplares, Roberto Seabra, José Paulino Nogueira, Francisco Eduardo de Paula Machado, Carlos Gilberto da Rocha Faria e Antonio Peixoto de Castro Júnior. O meu exemplar é o de número 63 e a mim presenteado quando fiz 18 anos por meu saudoso e inesquecível amigo, dr. Carlos Gilberto da Rocha Faria. Eterna gratidão.