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É com grande satisfação
que publicamos essa colaboração do amigo Marcelo Augusto da
Silva, um expert das coisas do PSI, proprietário do Stud Figurón e Varanda. O tema por ele aqui abordado é
muito interessante, trazendo um novo entendimento, em nossa opinião bastante válido, para o planejamento de cruzamentos. Vamos a ele:
A Influência da Família 8 na Estrutura do
Pedigree do Campeão Royal Academy
Em artigos
publicados em outros canais venho defendendo a reaproximação familiar, como uma
importante ferramenta no resgate da essência das famílias, seu vigor e sua
força. Seguindo como uma das linhas de raciocínio o fato de que em seu habitat
natural as manadas se mantinham fechadas em sua herança genética materna. Depois de muitas pesquisas
realizadas no decorrer dos últimos anos observei que essa reaproximação colaborou
de forma positiva com famílias que até então se mantinham em estado de
hibernação e que a partir dali passaram a produzir elementos clássicos e em
outras, ainda ativas, quando juntadas, tornavam-se nitroglicerina pura, como é
o caso do nosso personagem ROYAL ACADEMY.
Para falar sobre
Royal Academy e a importância da família 8 na equação do seu pedigree, peguei
como ponto de partida outro elemento da família 8, MENOW, da subfamília 8-g, um
Pharamond (Phalaris), multi ganhador clássico, Champion 2-years-old colt, pai
dentre outros de Tom Fool, Champion e Hall da Fama e de Capot, ganhador do
Preakness e Belmont Stakes. O que chama a atenção com relação a Menow foi o seu
desempenho como avô materno, sendo que, pelo menos 4 de suas filhas tiveram
grande destaque no haras, sendo elas DYNAMO, FLARING TOP, FIRST ROSE e SPRING
RUN.
Menow.
O que todas elas
tinham em comum é o fato de que como seu pai Menow, também pertencerem a
família 8, ou seja, estavam potencializadas naquela família.
- Dynamo, da
subfamília 8-c, produziu:
- A Champion ganhadora de 10 stakes, High Voltage, mãe de Bold Commander, por Bold Ruler (subfamília 8-d);
- A Champion ganhadora de 10 stakes, High Voltage, mãe de Bold Commander, por Bold Ruler (subfamília 8-d);
- Flaring Top, da
subfamília 8-f, produziu:
- A Canadian Oaks Flaming Page, mãe de Nijinsky e avó de The Minstrel;
- A Canadian Oaks Flaming Page, mãe de Nijinsky e avó de The Minstrel;
- First Rose, da
subfamília 8-c, produziu:
- A fenomenal Crimson Saint, mãe de Royal Academy e também de Terlingua,
essa por sua vez mãe do chefe de raça Storm Cat;
- Spring Run, da
subfamília 8-c, produziu:
- O ganhador clássico Red Gold, este por sua vez pai do
Champion Blushing Groom.
Assim, abrindo o
pedigree de Royal Academy, perceberemos que se trata de um elemento fortemente
estruturado na família 8, tendo como pai Nijinsky (subfamília 8-c) e até a
quinta linha do seu pedigree, uma única duplicação, justamente em Menow
(subfamília 8-g).
Serve de reflexão
a influência da família 8, principalmente de Menow no vitorioso nick Nijinsky x
Blushing Groom, e também dessas tribos quando cruzadas com Storm Cat.
Sobre Menow vale
destacar ainda que sua mãe Alcebíades, além de champion, foi uma autêntica
raçadora, tendo contribuído diretamente pelo surgimento de outros animais de
exceção como Sir Ivor e Buckpasser (Tom Fool - Menow). Sir Ivor quando cruzado
com éguas Nijinsky, produziu por exemplo, a Air Distigue, ganhadora de grupo 3
na França, e mãe do nosso conhecido Vettori.
Vincent O’Brien
além de gênio na arte de treinar, sabia como poucos selecionar um campeão,
poderíamos tratar como mera coincidência o fato dele ter treinado e selecionado
a maioria de seus campeões advindos da família 8, tais como Sir Ivor
(subfamília 8-g), The Minstrel (subfamília 8-f), Nijinsky (subfamília 8-f),
Royal Academy (subfamília 8-c), Be My Guest (subfamília 8-c) e Try My Best
(subfamília 8-f).
Royal Academy.
Temos no Brasil
ativa descendência de Nijinsky, principalmente via Royal Academy, de Blushing
Groom através de Nedawi e mais recentemente a introdução de elementos de alto
padrão da tribo Storm Cat, via Forestry, Discreet Cat e Shangai Bobby. Material
genético em abundância que cruzados entre si receberia como contribuição a
herança genética da família 8. Caberia aos criadores brasileiros devida atenção
e não deixar essa oportunidade se dissipar, principalmente com relação a TOP
HAT, um Royal Academy qualificado e que talvez por ter herdado o gênio de sua
raça, encontra-se colocado no ostracismo. Me recordo sempre que Vicent O’Brien
teve muito trabalho com o temperamento de Nijinsky, quase perdendo-o, assim
essa descendência necessitará sempre na sua lida de mãos muito hábeis.
Adendo: Vettori, que têm uma mãe estruturada na família 8 poderia se tornar um nick com a descendência de Royal Academy. O melhor filho até o presente momento de Out of Control, um Vettori, Céu de Brigadeiro, possui uma mãe Royal Academy. Molengão, um Royal Academy super qualificado, desapareceu, não sei se foi embora para o Uruguai, cobriu duas éguas Vettori e deu uma potranca muito útil, ganhadora de 6 e com diversas colocações clássicas, a Ilha de Páscoa. Top Hat não cobriu nenhuma égua Vettori...
Adendo: Vettori, que têm uma mãe estruturada na família 8 poderia se tornar um nick com a descendência de Royal Academy. O melhor filho até o presente momento de Out of Control, um Vettori, Céu de Brigadeiro, possui uma mãe Royal Academy. Molengão, um Royal Academy super qualificado, desapareceu, não sei se foi embora para o Uruguai, cobriu duas éguas Vettori e deu uma potranca muito útil, ganhadora de 6 e com diversas colocações clássicas, a Ilha de Páscoa. Top Hat não cobriu nenhuma égua Vettori...
Marcelo Augusto da Silva
Obs: Link para artigo sobre TOP HAT
Para encerrar esse excelente artigo do Marcelo um pensamento: "Essas nuances na criação do PSI são visíveis apenas para aqueles que querem e sabem onde olhar."