terça-feira, 20 de outubro de 2020

Prix du Jockey Club

 


 

 

O Prix du Jockey Club originalmente era disputado sobre 2400 metros, aos moldes do Derby de Epsom, teve a sua distancia alterada para 2100 metros em 2005. Essa prova em sua versão antiga era uma disputa "caseira" e claramente defensiva aos produtos franceses, já que não havia como os melhores 3 anos que correram o Derby de Epsom, participassem dela pelo curto espaço de tempo entre os dois embates. Com a mudança de distancia ficou marcadamente clara a seletividade, o Prix du Jockey Club se abria naturalmente aos animais credenciados para a Poule d'Essai des Poulains, assim como aos credenciados dos 2000 Guineas Stakes. Ou seja, aquele animal insular cujo perfil aptitudinal não é considerado apto para disputar os 2400 metros do Derby de Epsom e cujo limite staminico seja a meia distancia.

 


A pista de Chantilly favorece aos animais com longa capacidade de galão, suas curvas abertas oferecem condição para que esse ritmo seja mantido durante todo o percurso. Seus 520 metros finais de reta plana, descontando seus 100 metros iniciais em subida, oferece condição propícia para explosão do arremate final. Erroneamente alguns não consideram o Prix du Jockey Club em sua configuração atual como uma prova de alta seleção, não possuímos essa visão e citamos alguns de seus vencedores e que são garanhões muito respeitados no cenário mundial, SHAMARDAL, LE HAVRE, LOPE DE VEGA, LAWMAN e INTELLO. Com 9 vencedores já garanhões e com filhos em idade de corrida, os 5 citados já se destacam como importantes pais.


Últimos vencedores:

 

 2021 - MISHRIFF

 


 

2020 - SOTTSASS

 


 

2019 - BRAMETOT

 


 

  2017 - ALMANZOR

 



2016 - NEW BAY

 


 


Acreditamos que o Prix du Jockey Club, ao contrário do St James Palace Stakes, ainda seja uma prova onde se possa procurar para garanhão, algum animal bem colocado ou que tenha produzido interessante participação dentro de um preço competitivo, mesmo para um ambiente tributariamente hostil como o brasileiro = 32% (ICMS, PIS, PASEP, COFIS) sobre toda a cadeia. Entenda-se preço do cavalo, frete aéreo mais despacho do país de origem, despachante no Brasil, taxa aduaneira e outros penduricalhos.

O exemplo que deixamos aqui é RECOLETOS, um cavalo que foi terceiro colocado nessa prova em 2017 para BRAMETOT e WALDGEIST (Prix de L'Arc de Triomphe) e encontra-se entre os garanhões medianamente prestigiados na França.

 

 


 





 

O X da questão é a nossa criação repetir o modus operandi japonês, filtrar bons indivíduos que não apresentam "PEDIGREES DE MODA" e que estejam recém iniciando na reprodução, consequentemente cujos filhos não ofereçam ainda maior atrativo aos compradores. 

RECOLETOS seria uma compra acessível para nossa combalida moeda? Provavelmente não, mas ele é apenas um exemplo do que deve ser procurado. Seguramente esse é o melhor caminho para que a criação brasileira possa agregar real qualidade a seu parque de garanhões. 

Pescar um novo AGNES GOLD não é todo dia que se consegue...