Risota aos 23 anos, no Haras Faxina, com o derby-winner Rabat (Tratteggio) ao pé. Foto histórica de José Laudo de Camargo.
O envelhecimento materno influencia negativamente o desenvolvimento e o desempenho em corrida de seus filhos?
Esse é um tema muito levado em consideração e bastante questionado por aqueles que pretendem adquirir uma égua de mais idade para seu haras.
Para testar essas hipóteses o pesquisador Sota Inoue, Nagoya University e Kyoto University, examinou o efeito da idade da reprodutora no desempenho em corrida de sua prole. Foram estudadas 9.686 éguas, cujas idades variaram dos 2 aos 25 anos e 695 garanhões, de 3 aos 27 anos.
No geral, os resultados mostraram que o desempenho em corrida dos cavalos nascidos de éguas mais velhas foi menor do que o de cavalos nascidos de éguas mais jovens.
Entretanto, modelos mistos indicaram que a qualidade dos garanhões está significadamente associada ao desempenho de corrida da prole, ao invés da idade da égua em si. Consequentemente, o envelhecimento materno foi insignificante ou apenas limitado e, ao contrário, a qualidade do pai é que foi estatisticamente o mais importante quanto ao desempenho em corrida dos produtos. O que foi constatado é que a medida que uma égua envelhece, ela é enviada para garanhões de menor desempenho, em média, e esse é um fator determinante dos resultados das corridas das éguas mais velhas.
O estudo com link abaixo, forneceu uma nova perspectiva científica sobre o efeito do envelhecimento materno no desempenho atlético de suas proles e no complexo sistema da criação de cavalos PSI.
Ao se adquirir uma égua de mais idade oriunda de outros campos de criação, sempre julgamos que diversos aspectos, e não apenas a idade, são mais importantes para serem considerados.
Influence of broodmare aging on its offspring's racing performance
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0271535
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