Twirling Candy, a máquina gramática norte-americana

 

Twirling Candy, é o único Candy Ride vencedor de G1 na grama e também o com maior número de filhos vencedores em provas de Grupo 1, um total de doze. Sendo que desses doze, oito (67%), venceram na grama: AG Bullet, Concrete Rose, Kilwin, Fionn, Beyond Brilliant, Collusion Illusion, Exaulted e Iscreamuscream.

Ele possui um total de 27 graded blacktype winners e 59 blacktype winners, sendo que sua produção é majoritariamente gramática.

Seu índice ajustado de vencedores blacktype é de 7.15%. Twirling Candy é o atual líder da estatística de grama nos EUA e em 2024 foi o vencedor da mesma, derrotando Justify, Into Mischief e War Front; respectivamente segundo, terceiro e quarto colocados.

A família materna de Twirling Candy é a 23-b, reconhecida por sua combinação positiva com a linhagem do chef-de-race Raise A Native. Como exemplo citamos Mendelssohn, Affirmed, Mine That Bird, I'll Have Another, etc.

Em pistas Twirling Candy foi um parelheiro de primeiro time, 11-7-1-1, com a seguinte campanha:

2 anos:

1º Maiden special weight race em Hollywood Park  (7f, D)

3 anos:

1º Malibu S. (G1, 7fD, Santa Anita Park )

1º Del Mar Derby (G2, 9fT, Del Mar)

1º Oceanside S. (G2, 8fT, Del Mar).

1º Allowance optional claiming race (6.5fD,  Hollywood Park)

4 anos:

1º Strub S. (G2, 9fD, Santa Anita Park)

1º Californian S. (G2, 9fD, Hollywood Park)

2º TVG Pacific Classic S. (G1, 10fD, Del Mar)

3º Hollywood Gold Cup H. (G1, 10fD, Hollywood  Park)

Seu pai Candy Ride é um dos mais influentes garanhões nos EUA desse século e sobre o qual já tratamos no blog. Link abaixo:

Candy Ride

Agora em 2025 a criação nacional incorporou o ótimo G1 Game Winner, um dos melhores filhos de Candy Ride. 

Game Winner possui além de importante campanha ($ 2,027,500), excepcional tipo físico e um pedigree moderno, que se apresenta extremamente atrativo ao mercado brasileiro.

Parabenizamos todas as conexões responsáveis pela chegada de Game Winner, é com a incorporação de garanhões dessa qualidade que um turfe pode aspirar maior reconhecimento internacional.

Game Winner

No mesmo raciocínio de Candy Ride, a criação brasileira deveria olhar com atenção os filhos clássicos de Twirling Candy enquanto ainda possuem valores que a nossa moeda pode comprar.

Rayif, uma estrela em ascenção

 

Rayif confirmou nesse domingo em Deauville, ser possivelmente a maior estrela masculina da geração Aga Khan 2023.

Firme vencedor do Prix François Boutin (G3) em 1400 metros, Rayif consegue sua segunda vitória em sua segunda apresentação.

O inbreeding 4x5 sobre Danzig, deixa claro o planejamento das coberturas do Aga Khan Stud. Sem nunca abandonar o conceito de pouca consanguinidade relativa. Pois até a quinta/sexta geração só se têm consanguinidade sobre Northern Dancer e mesmo assim, por mais uma passagem, a da reine-de-course Fanfreluche.

Sea The Moon, pai de Rayif têm como avô materno Monsun, um dos mais destacados avôs maternos europeus, quanto a produção de classe, e cujos filhos Manduro e Shirocco produziram no Brasil, respectivamente 7.69% e 5.95% de vencedores black-type. Lamentavelmente as filhas de Manduro e Shirocco não são valorizadas na criação nacional.  

Devemos também destacar a presença de Holy Roman Emperor (7.32% vencedores clássicos no Brasil) como avô materno de Rayif. Holy Roman Emperor também é infelizmente e de forma injustificável amaldiçoado na criação brasileira apenas por não produzir "grandes". 

Como se Deep Impact, Northern Dancer, Galileo, Sea The Stars, Pivotal, Dubawi, etc fossem e produzissem "grandes".

City Man, o último dos moicanos?

 

A entrada em 2025 de City Man na reprodução tem um significado mais amplo para o universo da raça PSI. Isso em razão de seu irmão paterno Mucho Gusto (2020 Pegasus World Cup Invitational S.) infelizmente estar servindo na Arábia Saudita e consequentemente com sua genética praticamente perdida para o turfe global.

Como estrela da segunda safra de Mucho Macho Man, City Man é um sinal de esperança renovada na sobrevivência da linhagem masculina do herói do Kentucky Derby de 1898, Plaudit.

Ao contrário das prolíficas linhagens de patriarcas tão conhecidos como Mr. Prospector e Northern Dancer, a linha paterna de City Man está há muito tempo presa por um fio. Mas cada elo fez a sua parte para combater o rumo de sua  extinção.

Um exemplo claro é a estrela mais brilhante da linha Plaudit, o grande Dr. Fager . Recordista mundial ao correr uma milha na terra em 1:32 1/5 no Washington Park H. de 1968, Dr. Fager conquistou essa prova com um estilo que dificilmente se repetirá. Em reconhecimento à sua virtuosidade em distâncias e superfícies, ele reinou como campeão de velocidade, campeão de cavalo de grama e campeão de cavalo de handicap. É claro que ele também foi o Cavalo do Ano.

Dr. Fager logicamente deveria ter estabelecido uma base sólida para a linha paterna. E ele era um reprodutor líder, gerando campeões como Dearly Precious e L'Alezane (no Canadá) e Dr. Patches. As duas primeiras, no entanto, eram potrancas, e o último era um castrado. Dr. Fager gerou outros vencedores notáveis que foram para a reprodução, principalmente Dr. Blum, mas sua linhagem masculina desapareceu desde então.

Se Dr. Fager não tivesse morrido com a idade relativamente jovem de 12 anos, ele poderia ter deixado um filho capaz de forjar outro elo na cadeia. Mas, felizmente, ele ainda exerce uma profunda influência por meio de suas filhas. Para citar um exemplo proeminente, a égua Killaloe produziu Fappiano, o pai do campeão do Derby e da Breeders' Cup Classic de 1990, Unbridled, e ancestral na linhagem masculina do herói da Tríplice Coroa, American Pharoah.

Em vez de Dr. Fager, o preservador da linhagem Plaudit foi outro filho menos talentoso do mesmo reprodutor. O filho de Dr. Fager, Rough 'n Tumble , foi responsável por vários outros desempenhos de alto nível, mas foi Minnesota Mac , cuja única vitória em stakes foi no Chicagoan H. de 1967. Minnesota Mac foi pai de um grande campeão, Mac Diarmida, mas também no caso dele, um filho menos cotado se destacou como reprodutor – o velocista Great Above, que é pai de Holy Bull.

A nova chance de Plaudit aconteceu graças ao membro do Hall da Fama, Holy Bull, bisavô de City Man. Cavalo do Ano de 1994, Holy Bull teve uma carreira de sucesso como reprodutor e seu filho Macho Uno exerceu papel fundamental no avanço dessa linhagem masculina. 

Macho Uno teve pouca sorte com seus melhores filhos, Macho Again (G1) foi exportado para a Venezuela onde com problemas de fertilidade deixou mínima produção, Wicked Style (G1) foi exportado para a Austrália e também enfrentou questões de subfertilidade com poucos filhos, Harlem Rocker (G3) levado ao haras nos EUA se mostrou estéril, Macho Macho (G2) foi servir na Arábia Saudita e por lá se perdeu, Danon Legend (G3) serve no Japão e é produtor de grupo,  Bobby Abu Dhabi (G2) e Tommy Macho (G3) morreram em acidentes de treinamento, VIP Zone (G1) importado yearling para o Panamá desenvolveu importante campanha na zona do Caribe - Champion Imported colt e Champion imported older horse no Panamá sofreu acidente no embarque para disputar o Clasico Internacional del Caribe (G1) em Porto Rico e teve que ser sacrificado.

Entre nós Macho Uno com apenas 70 produtos corridos produziu o muito bom Whoopee Maker (G1), que também foi vitimado em campanha não tendo oportunidade para avançar sua linhagem paterna.    

Macho Uno derrotou Point Given (futuro membro do Hall da Fama) e Street Cry (pai de Zenyatta e Winx) na Breeders' Cup Juvenil (G1) de 2000, conquistando o Prêmio Eclipse como campeão potro dois anos. Embora tenha perdido as clássicas, Macho Uno venceu o Derby da Pensilvânia de 2001 (G3) e o Massachusetts H. de 2002 (G2).

O principal filho de Macho Uno é Mucho Macho Man , que arrecadou mais de US$ 5,6 milhões em sua carreira. Terceiro colocado atrás de Animal Kingdom no Kentucky Derby de 2011, ainda imaturo, o potro desengonçado se tornou um cavalo de alto nível na terceira idade. Mucho Macho Man conquistou o Suburban H. (G2) e o Gulfstream Park H. (G2) de 2012, terminando a temporada com uma derrota por meio corpo na Breeders' Cup Classic (G1). Um ano depois, ele melhorou esse desempenho e venceu a Breeders' Cup Classic em uma emocionante disputa contra Will Take Charge.

Para os que entendem que Mucho Macho Man foi um corredor de baixo calibre, ficam os dados que ele recebeu um rating de 124 libras na categoria Intermediária no Ranking Mundial de Puro-sangue de 2012, 16 libras abaixo de Frankel - European Champion 2 e 3yo, 2011/12 European Horse of the Year (o maior rating geral, cuja classificação de 140 libras também superou a categoria Intermediária) e 1 libra abaixo dos melhores corredores em superfície de terra, o vencedor da Breeders' Cup Classic, Fort Larned, e o campeão norte-americano de potros de 3 anos, I'll Have Another. Recebeu um rating de 125 libras na categoria Intermediária no Ranking dos Melhores Cavalos de Corrida do Mundo Longines de 2013, 5 libras abaixo da mais alta classificada, Black Caviar (Australian Horse of Year, 2010 WTRR World Champion Sprinter), mas foi o melhor entre os desempenhos em superfície de terra.

Aposentado para reprodução em Adena Springs no Kentucky, Mucho Macho Man teve a missão de levar a linhagem paterna de Plaudit para o futuro. Mas a história costuma trazer surpresas, e o melhor filho na pista não é necessariamente aquele que salvará a linhagem masculina na reprodução.

Mucho Macho Man

E é nesse ponto que encontramos City Man, 36-11-7-6. Ele foi precoce e durável, tendo vencido aos dois anos suas duas primeiras apresentações, sendo que a sua segunda vitória foi uma prova Black-Type - Funny Cide S. (7.5fD, Sar).

City Man sempre correu em hipódromos de primeira linha e enquanto alguns possam considerar sua campanha mediana, devemos lembrar que ele derrotou em corrida vencedores de grupo 1 como Colonel Liam (Pegasus World Cup Invitational), Atone (Pegasus World Cup Invitational) e Decorated Invader (Summer S). 

Caso, para os Estado Unidos, se considere que um vencedor G2 de animais G1 não seja qualificado, é razoável admitir que as provas de grupo 1 norte-americanas não são seletivas.

Seus principais resultados em provas de grupo, que totalizaram $ 1,328,870 foram: 

1º Fort Lauderdale S (G2,1700mD, GP) 

1º Forbidden Apple S (G3, 1600mG, Sar) 

2º Fort Marcy S (G2, 1800mG, Bel)

2º Bernard Baruch H (G3, 1700mG, Aqu),

3º Fort Marcy S (G2, 1800mG, Sar),

Também venceu 7 provas Black-Type, foi segundo em 3 Black-Types e terceiro em 5 Black-Types.

Talvez a maior questão quanto a essa linhagem masculina (Macho Uno foi exceção) esteja em uma constituição esguia para indivíduos tão altos, eles são pernaltas e de passadas largas. Precisam de tempo para desenvolverem sua plenitude física, ou seja, algo que o turfe norte-americano considera como desqualificador e aí está o problema no prosseguimento dessa linhagem.

City Man encontra-se servindo no Equine Partners Veterinary no Texas e consequentemente as chances da raça PSI perder esse raro veio de Eclipse é total.

City Man

Obataye

 

Obataye é fruto do pensar de nosso amigo Zé Maria, um dos maiores conhecedores do PSI que tive a oportunidade de conhecer. Infelizmente Zé Maria não está mais entre nós, mas, deixou importante legado para o nosso turfe.

A arquitetura do pedigree de Obataye tem como objetivo principal o inbreeding 4x4 sobre Unbridled (chef-de-race brilliant/intermediate). 

Unbridled é um dos garanhões clássicos mais significativos das últimas décadas nos EUA e que lamentavelmente morreu com poucas gerações produzidas.  Unbridled era considerado pela crônica uma “locomotiva”, quer por seu tipo físico herdado de Le Fabuleux (vencedor do Prix du Jockey Club - Derby francês), seu avô materno, quer por seu estilo imparável em corrida.

Obataye guarda impressionante semelhança com Unbridled, por seu tipo físico e por sua forma de competir.

"A inconsistência dele era muito simples, ele era um cavalo grande e, quando começava a se mover e correr, era como uma locomotiva. Uma vez que parava, era difícil fazê-lo andar novamente. As coisas tinham que seguir do jeito dele até o fim. No entanto, quando estava no seu melhor, ele era simplesmente um ótimo cavalo, tinha muito talento. Ele era honesto e dava tudo de si, e é por isso que foi um garanhão tão bom." disse o treinador de Unbridled, Carl Nafzger.

Surfi'n USA, mãe de Obataye é filha de Crimson Tide (G2), notável garanhão entre nós e sua linha ventral simplesmente  vai até a fundamental La Troienne (fam.1-x).

Em que pese uma campanha modesta Courtier sempre foi dito em alta conta por William 'Bill' Mott, seu treinador. Além de fisicamente também ser muito semelhante a Unbridled, uma característica do veio de Empire Maker.

O pedigree de Courtier é moderno, extremamente adequado ao mercado, com muitos chefs-de-race e ele descende em linha direta de Almahmoud, do qual igualmente descendem Northern Dancer, Halo, Danehill e outros reprodutores consagrados. Sua facilidade de duplicar em seus filhos chefs-de-race, parece ser seu valor maior como garanhão.

Courtier

Abaixo a 3ª colocação de Courtier no National Museum of Racing Hall of Fame Stakes (G2, 1700m, grama), seu principal resultado.

Coup de Folie, reine-de-course mare, sua quarta mãe é, considerada uma das 20 mais influentes reprodutoras na história do PSI, pelo amplo impacto de sua descendência em vários continentes. Foi uma juvenil de muito talento na França. Produziu 3 vencedores G1, Machiavellian, Exit To Nowhere e Coup de Genie - terceira mãe de Courtier. Sendo que Coup de Genie foi 1993 Champion 2-year-old filly na França. 

Como garanhão Courtier surpreendeu e certamente seu sucesso deve-se a sua linha ventral, que é responsável por produzir ótimos garanhões. Seus números ajustados são 6.98% de vencedores Black-type, 17.83% colocados nessas provas e 54.66% de vencedores. 

Eraldo e amigos comemorando Obataye esse sábado no Haras Palmerini, durante o churrasco da vitória. 

Parabéns a Paulo Pelanda (atual presidente do Jockey Club do Paraná), Luis Felipe Pelanda e conexões pelo espetacular trabalho que conduzem com o craque Obataye.

A criação Aga Khan e o Sistema Vuillier

 

Pcsse. Zahra Aga Khan, a sucessora de S.A. Aga Khan IV no Aga Khan Studs.

"No outono de 1960, passei uma tarde esclarecedora com a Mme. Germaine Vuillier em Marly-la-Ville, perto de Senlis, a cerca de uma hora de viagem ao norte de Paris. Ela era uma verdadeira enciclopédia de conhecimento sobre pura raça. Eu perguntei inocentemente: 'A senhora acha que o Sistema Vuillier teve sucesso?' A resposta dela foi definitiva, explicativa e conclusiva: 'Bem-sucedidos? Nós somos o único estábulo do mundo a ter vencido o Derby cinco vezes. Somente este ano, ganhamos enormes quantias em prêmios, muito à frente de qualquer outro criador francês.'

No seu país, nos últimos vinte anos, nossos garanhões estiveram no topo da lista de reprodutores: Khaled, Alibhai, Mahmoud, Nasrullah, Blenheim. Nosso Charlotesville venceu o Grand Prix du Jockey Club e o Prix Lupin. Lembre-se de Charlotesville quando ele for para reprodução; ele fará um ótimo trabalho. Estou apenas triste por saber que meu marido morreu cedo demais para testemunhar o triunfo do que vocês tão gentilmente chamam de Sistema Vuillier.

Durante a tarde, vários fatos se tornaram aparentes. A Mme. Vuillier acredita que:

1 - O papel principal da égua é melhorar o garanhão. 

2 - Hoje, o registro de corridas do garanhão, as apostas vencidas, a classe e a quantidade de dinheiro ganho desempenham papéis importantes na reprodução, porque um garanhão vencedor pode se tornar o fundador de uma nova série no Sistema Vuillier. Anteriormente, esses fatores eram menos importantes.

3 - A conformação de um Puro Sangue Inglês deve ser considerada. Mas, o que mais importa é o pedigree.

4 - As melhores éguas de corrida do Aga Khan não foram e atualmente não são suas melhores reprodutoras. Seus melhores cavalos geralmente vêm das irmãs e meio-irmãs das grandes éguas vencedoras.

5 - O sistema (em forma abreviada) consiste em acasalar um garanhão e uma égua reprodutora que tenham ancestrais complementares de acordo com o pensamento da série, para produzir um potro o mais próximo possível do ponto ideal de convergência de ambas genéticas que qualquer um dos pais.

A Mme. Vuillier afirma não ter bases científicas para seu sistema e nenhuma explicação genética sobre os cavalos em suas obras. Mas ele funciona e produz resultados".

Trecho do livro The Thoroghbred, E.S. Montgomery.

Sir Charles Leicester escreve em seu livro Bloodstock Breeding: 

"O contorno geral do sistema é em algum lugar semelhante à receita de um médico. Ele tabula a relação dos ingredientes necessários para produzir, em média, um resultado desejável. Não afirma que pais de qualidade inferior podem ser transformados em produtores de vencedores clássicos simplesmente seguindo a fórmula, mas apenas que se os princípios forem seguidos de forma ampla, os resultados provavelmente serão superiores àqueles criados sem consideração a eles." 

"O sistema prevê que se um dos pais tiver uma dosagem excessiva de qualquer um dos 16 progenitores nomeados, ele ou ela deve ser acasalado(a) com um parceiro que tenha deficiência do mesmo sangue, e assim o produto receberia aproximadamente a dosagem padrão. Da mesma forma, se um dos pais tiver uma deficiência, seu parceiro deve ter um excesso compensatório."

Mais de 80 anos haviam se passado desde que St. Simon, o mais jovem dos 15 garanhões de Vuillier, nasceu. Sua influência, junto com a dos outros escolhidos para criar o Sistema Vuillier, tornou-se cada vez menos importante. Mme. Vuillier calculou um novo cronograma de dosagem e passou a utilizar essa nova série atualizada em suas coberturas.

O sistema de dosagem criado pelo Coronel Vuillier, desenvolvido em uma segunda etapa pela Mme. Vuillier e agora em sua terceira atualização tem um grande sucesso. A princesa Zahra Aga Khan, o recentemente falecido Aga Khan IV, o Príncipe Aly Khan e o Aga Khan III colheram os frutos do método nos últimos 100 anos. Esses criadores seguiram fielmente o Sistema de Dosagem Vuillier com muito sucesso.

Em 2022, Vadeni foi o cavalo de destaque da França e da Europa, e seu pedigree está em conformidade com o Sistema de Dosagem Vuillier.

Vadeni

E agora em junho passado, Calandagan com sua vitória no Prix de Saint-Cloud, obteve a 102ª vitória em Grupo 1 desde 1960 para o Aga Khan Studs e seu sexto vencedor desse evento. 

Desde o início da criação Aga Khan III até o presente momento foram vencidas 169 provas de Grupo 1 pela família.

Farda do Aga Khan III

O Prix de Saint-Cloud de 2025 reuniu o mais seleto campo dos últimos anos. Dele fizeram parte os melhores atletas em atividade na milha e meia europeia. Além de Calandagan havia um ganhador do G1 King George VI and Queen Elizabeth (Goliath), uma múltipla vencedora G1 na distância (Iresine), um vencedor em Sha Tin do milionário Hong Kong Vase, G1 (Junko) e uma segunda colocada nos G1 Prix Vermeille e Prix de l’Arc de Triomphe (Aventure) eleita favorita, não apenas pela descarga de peso, como por ter ganho com sobras o Prix Corrida (G3). 

 

Infelizmente, Calandagan por seu péssimo temperamento necessitou ser castrado.