segunda-feira, 1 de junho de 2020

O Movimento Pendular Tesiano - Parte 1





"O meu nome está escrito na vitória".





Entrada da Razza Dormello em Dormelletto. Aqui nasceram NEARCO, RIBOT, DONATELLO II, BOTTICELLI, BELLINI, NICCOLO' DELL' ARCA, CAVALIERE D'ARPINO, EL GRECO, TENERANI, APELLE, CRANACH...

 
Está claro que um ser vivo, completamente livre de consanguinidade no sentido literal da palavra, não pode existir, porque mesmo se tivessemos  antepassados diferentes uns dos outros, nas primeiras seis ou sete gerações, procedendo ao revés, todos esses indivíduos não poderiam descender de antepassados não comuns. Consequentemente, não é possível evitar consanguinidades, a questão é de grau.

Como trata-se de uma questão de medida, entendemos dizer, na pratica, que se um mesmo antepassado não se encontra duas vezes nas primeiras cinco gerações de um pedigree, o animal resultante é considerado outbred. Ao contrário, ao se dizer  que um animal é inbred, entendemos dizer, que um mesmo nome se repete duas ou mais vezes entre a segunda e a quinta geração,
 
Dito isto, o criador de nossos dias, dado o grande desenvolvimento quantitativo da raça, tem o privilégio, negado a seu colega de mais de 100 anos atrás, pela escolha em utilizar ou não inbreedings, restando verificar porque ele, se deveria ou não, regular-se desse modo.

Não se deve esquecer nunca que criamos o PSI para fazê-lo correr, e que insistir sobre um determinado progenitor pode significar somente que se quer aumentar a probabilidade de fixar qualidades que se consideram úteis.

Nesse sentido, se deve admitir que os criadores do passado, usaram o inbreeding muito além do que era estritamente obrigatório. E isso porque era muito limitado o número de fundadores da raça, 3 garanhões de origem oriental e 50 éguas-base de diversas procedências. Em certo momento dessas uniões, nasceram produtos com excepcionais características corredoras e os criadores fizeram uma reserva dessas características, acasalando-os com expoentes do outro sexo, portadores do mesmo sangue.

Deste modo, obtiveram alguns dos maiores corredores e reprodutores do século XIX, GALOPIN era inbred 3 x 3 sobre seu bisavô paterno VOLTAIRE,






ST. SIMON, filho de GALOPIN, mesmo não sendo inbred sobre VOLTAIRE o carrega em 4 x 4,





Pode-se compreender bem que um indivíduo inbred, por sua vez, sobre ST. SIMON (como HAVRESAC II) leva dentro de si uma concentração deste sangue que é absolutamente excepcional e o fato de que tenha sido um ótimo corredor, é sinal de que o inbreeding é um fator positivo na seleção. Recordemos aqui, que também PHAROS, NEARCO, HYPERION e BLUE PETER, eram inbred sobre ST. SIMON.






Tudo isso não significa que o criador deve fazer o inbreeding somente pelo prazer de fazê-lo. O só fato de que haja alguns nomes repetidos em um pedigree não diz nada, se não se sabe "que coisa" representam esses nomes. Para fazer inbreeding é mister, antes de tudo, saber o que representa o nominativo que se quer repetir no pedigree. 

Sobre questões que se referem a cruzamentos, não existe melhor exemplo para se extrair conhecimento como o de estudar os métodos de FREDERICO TESIO.




          
Continua -